Entre imagens e entes
fotografia, memória e agência junto aos vaqueiros de gibão
Palavras-chave:
Fotografía, Antropologia, Memória, Agência, ArteResumo
Este artigo investiga as relações entre imagem, memória e agência a partir da experiência etnográfica com os vaqueiros de gibão, um vaqueiro específico no Seridó do Rio Grande do Norte. Com base na ação expositiva NOSSOS ENTES (2019), discutimos como a fotografia ultrapassa sua materialidade para se tornar um ente, mobilizando afetos e redes sociais. A abordagem teórica dialoga com Alfred Gell, Els Lagrou e Howard Morphy, especialmente no que tange à estética transcultural e à agência da imagem. A metodologia inclui pesquisa de campo de longa duração e devolutivas fotográficas, explorando as interações entre os vaqueiros e os Guardiões das Imagens, participantes urbanos que acolheram os retratos em lambe-lambes. Os resultados indicam que as imagens não apenas documentam, mas instauram relações e transformam significados. Concluímos que a fotografia, ao circular entre territórios, adquire status de presença viva, configurando um campo fértil para reflexões sobre arte e antropologia.
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