A patogênese das porfirias agudas
Palavras-chave:
Porfirias agudas, patogênese, ácido 5-aminolevulínico, hemeResumo
As porfirias agudas são causadas por uma deficiência na via de biossíntese do heme, que provoca ataques caracterizados por disfunções neuroviscerais (neuropatia
autonômica, neuropatia periférica e encefalopatia) e produção excessiva dos precursores porfirínicos, ácido 5-aminolevulínico e porfobilinogênio. O acúmulo de ácido 5- aminolevulínico parece estar envolvido na redução dos níveis de melatonina no plasma dos pacientes, o que poderia estar relacionado com o caráter intermitente e cíclico das crises de porfiria, bem como com algumas alterações psicológicas observadas na fase prodrômica (insônia, depressão, alterações emocionais). Também tem sido sugerido que efeitos oxidantes do ácido 5-aminolevulínico no DNA poderiam explicar a maior suscetibilidade de pacientes que sofreram vários ataques de porfiria ao desenvolvimento de carcinomas hepáticos. No entanto, a neuropatia periférica apresentada pelos pacientes parece não estar relacionada com os aumentos na produção de ácido 5-aminolevulínico. Sugere-se que ela possa estar relacionada a uma depleção de heme que poderia prejudicar o funcionamento de hemoproteínas no sistema nervoso. Além disso, existem evidências convincentes de que a depleção do heme hepático nos pacientes pode provocar um aumento nos níveis de triptofano circulantes, com possíveis conseqüências no sistema nervoso central, tais como aumento nos níveis de serotonina, provocando náuseas, dores abdominais e distúrbios psicomotores e psiquiátricos.
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