Dermatite atópica em crianças e adolescentes durante a pandemia COVID-19: piora clínica associada ao medo de infecção
Palavras-chave:
Dermatite Atópica, COVID-19, Autocuidado, Pediatria, Equipe de Assistência ao PacienteResumo
Introdução: A dermatite atópica é uma doença crônica e recidivante, influenciada por
fatores ambientais, que necessita prescrições médicas frequentes. O objetivo deste
estudo foi investigar se crianças e adolescentes com dermatite atópica atendidos em
um serviço público tiveram agravamento das lesões ou dificuldades no autocuidado
durante a pandemia COVID-19.
Métodos: Estudo longitudinal retrospectivo. Os dados foram coletados do prontuário
de pacientes com dermatite atópica menores de 18 anos atendidos em um ambulatório
público de referência do Rio Grande do Sul. A percepção sobre o agravamento das
lesões foi avaliada pelos testes Qui-quadrado ou Exato de Fisher e regressão de
Poisson foi utilizada para estimar o risco de agravamento das lesões conforme o
medo da COVID-19.
Resultados: Foram avaliados 33 pacientes, sendo 70% do sexo feminino e 57,6%
residentes na capital. A média de idade foi de 9,6 ± 3,9 anos e o tempo médio de
acompanhamento pelo serviço 4,6 ± 2,9 anos. A percepção de agravamento das lesões
durante o período de suspensão dos atendimentos esteve presente em 81,8% das
crianças/adolescentes. As crianças relataram com frequência o aumento de coceira
(78,3%) e descamação (60,9%), enquanto os adolescentes referiram maior aumento
da vermelhidão (60%). O medo de contrair o vírus foi associado a um risco oito vezes
maior de apresentar agravamento das lesões.
Conclusões: O alto percentual de crianças/adolescentes com agravamento das
lesões e a associação da piora da doença com o medo relacionado à pandemia
reforçam a importância do acompanhamento destes por equipe multidisciplinar que
observe fatores fisiopatológicos e psicossociais.
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