Rastreio radiológico para tuberculose em uma penitenciária do sul do Brasil

Autores

  • Gabriela Jungblut Schuh Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Gisela Unis Hospital Sanatório Partenon, Secretaria de Saúde Estadual, Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Danielle Jardim Trevisan Serviço de Saúde Prisional, Secretaria Municipal de Saúde de Osório. Osório, RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2171-4753
  • Carla Adriane Jarczewski Hospital Sanatório Partenon, Secretaria de Saúde Estadual, Porto Alegre - RS, Brasil. Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Secretaria Estadual da Saúde, Porto Alegre - RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5642-086X
  • Renata Maria Dotta Programa Estadual de Saúde Prisional, Secretaria Estadual da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre - RS, Brasil.
  • Sandra Jungblut Schuh Hospital Sanatório Partenon, Secretaria de Saúde Estadual, Porto Alegre - RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0356-3488

Palavras-chave:

Tuberculose, prisões, rastreamento, radiografia torácica

Resumo

Objetivo: Conhecer o perfil, do ponto de vista radiológico, da população privada de liberdade da Penitenciária Modulada de Osório, objetivando organização das ações de controle da  tuberculose. Métodos: Foi realizada análise retrospectiva de 677 radiografias de tórax obtidas para rastreio de tuberculose e de dados da ficha de atendimento do setor de Radiologia no período de julho a outubro de 2019. Resultados: Foram detectadas 150 radiografias alteradas, o que representa 22% dos 677 exames. Dos 150 exames alterados, 109 (16% do total e 72% dos alterados) apresentavam lesões com características de doença granulomatosa. Dos 677 pacientes, 11,5% referiram tratamento atual ou prévio para tuberculose e estes representam 38% dos casos com radiografias alteradas. Foram detectados 50 pacientes sem história prévia de tuberculose com lesões de aspecto muito provavelmente devido a tuberculose com características de doença ativa (7,3% do total), os quais foram encaminhados para investigação como casos novos. Em relação ao questionário aplicado, não foi observada diferença significativa entre os pacientes que referiam ou negavam tosse entre os com exames normais e alterados. Conclusões: Os privados de liberdade apresentaram alta prevalência de alterações radiológicas com aspecto sugestivo de doença granulomatosa. Estes achados permitem inferir que na Penitenciária Modulada de Osório há elevada prevalência de tuberculose, provavelmente em níveis semelhantes a outras casas prisionais do Brasil.

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Publicado

25-05-2022

Como Citar

1.
Jungblut Schuh G, Unis G, Jardim Trevisan D, Jarczewski CA, Maria Dotta R, Jungblut Schuh S. Rastreio radiológico para tuberculose em uma penitenciária do sul do Brasil. Clin Biomed Res [Internet]. 25º de maio de 2022 [citado 27º de abril de 2025];42(1). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/107458

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