Das listas, inventários, catálogos, coleções e enciclopédias: registros caminhantes de uma sobrevivência das imagens.

Autores/as

Palabras clave:

Listas, Invetários, Catálogos, Enciclopédias, Caminhada

Resumen

A revista Fotocronografias em sua 25º edição traz como temática os inventários, os catálogos, as coleções e as enciclopédias, todos entendidos como elementos de tentativas de ordenar e organizar o mundo. Mapas multidimensionais, de tempo e espaço, das experiências e “encontros” dos seres caminhantes e exploradores da vida cotidiana nas/das cidades contemporâneas. O convite feito pelos editores ao Estudio Ceda el paso continha uma provocação irrecusável: atrelar importantes eixos de atuação do estúdio: o caminhar como prática e método, a materialização física e subjetiva do espaço urbano e dos citadinos que a vivenciam, tanto na perspectiva das leituras urbanas provenientes da Arquitetura, quanto daquelas leituras feitas em campo, implicadas no cotidiano de diferentes territorialidades, a fim de aproximar-se das práticas, dinâmicas, redes, trajetórias de vida e sociabilidades desses múltiplos atores sociais via ferramentas provenientes do fazer antropológico. As listas e agrupamentos catalográficos resultados dessa postura ao encarar o espaço urbano contemporâneo, complexo e multifacetado, se configuram como elementos indiciais, vestígios que indicam e apontam possibilidades de compreensão de nossa presença e relação com o mundo.

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Biografía del autor/a

Jessica de Souza Andrade, PPGAS/USP

Mestranda em Antropologia Social pelo PPGAS/USP com a pesquisa em curso Os sentidos do Olido: dinâmicas culturais e transformações urbanas numa centralidade paulistana, sob orientação do Prof. José Guilherme Magnani. Bolsista FAPESP, coordenadora do grupo de estudos NAU Cidades-USP e idealizadora do projeto NauCine, pesquisadora vinculada ao LabNAU (Laboratório do Núcleo de Antropologia Urbana da Universidade de São Paulo), integrante do corpo editorial da Revista Cadernos de Campo, na mesma instituição e sócia fundadora do estúdio Ceda el Paso.

Ricardo Luis Silva, SENAC/SP

Professor doutor em crítica, estética e leituras urbanas no curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Senac SP desde 2013. Formado Arquiteto pela UFSC em 2005, investiga o cotidiano da Cidade, suas temporalidades, seus personagens ordinários, conflitos e constituições subjetivas dos indivíduos urbanos. Atua como caminhante urbano (Trapeiro), garimpando possíveis arqueologias do sensível dentro dos rastros da modernização tecnológica contemporânea através de coleções de objetos encontrados e fotografias de coisas “sem qualidade”. Destes registros surge a “COLEÇÃO DAS COISAS”, registros de objetos ordinários e acontecimentos cotidianos, já publicados em 10 fotolivros (independentes e via financiamento coletivo). É co-fundador do Estudio Ceda el paso.

Citas

CARERI, Francesco. Walkscapes: o caminhar como prática estética. São Paulo: Gustavo Gili, 2013.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1981.

MAGNANI, José Guilherme Cantor. Da periferia ao centro — trajetórias de pesquisa em Antropologia Urbana. São Paulo: Terceiro Nome, 2012.

PEIRANO, Mariza. A teoria vivida — Reflexões sobre a orientação em Antropologia. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 6, n. 1, 2, p. 209–218, 2004. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/16679. Acesso em: 13 nov. 2024.

PEREC, Georges. Lo infraordinario. Madri: Impedimenta, 2008.

SONTAG, Susan. Sobre fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

Publicado

2024-11-21

Cómo citar

de Souza Andrade, J., & Luis Silva, R. (2024). Das listas, inventários, catálogos, coleções e enciclopédias: registros caminhantes de uma sobrevivência das imagens. Fotocronografias, 10(24), 7–13. Recuperado a partir de https://seer.ufrgs.br/index.php/fotocronografias/article/view/144116