UMA EDUCAÇÃO PERFORMATIVA: possíveis abordagens críticas e criativas atravessadas por Barthes (e Butler & Derrida)
Samenvatting
Este artigo investiga a possibilidade de uma educação performativa através das ideias de Roland Barthes, associando-a com a desconstrução de Jacques Derrida e a performatividade de Judith Butler. Entende-se aqui uma educação performativa, caracterizada por sua natureza desterritorializante e criativa, concebida não como um processo de transmissão de conhecimento fixo, mas como um espaço de experimentação e diálogo. Barthes subverte a tradicional estrutura acadêmica, propondo uma pedagogia que valoriza a reflexão crítica e a construção compartilhada do saber. A desconstrução derridiana é abordada como um ato performativo que desafia e transforma as instituições, promovendo a criação de novos significados. Butler, por sua vez, redefine a corporeidade, mostrando como os corpos são produzidos e significados através de práticas discursivas e normativas reiterativas. A performatividade na educação, influenciada por essas perspectivas, enfatiza a importância de um ensino imanente, onde a linguagem é utilizada para subverter formas de poder e promover uma constante reavaliação das hierarquias tradicionais. Barthes visualiza a aula como um jogo de significações, onde a relação entre professor e aluno é marcada pela interação criativa e a textualidade, propondo uma prática pedagógica que encoraja a criação de novas significações e a valorização da diversidade de ideias.