Perspectivas antropológicas sobre o turismo religioso: atravessando as fronteiras do turismo e da peregrinação

Autores

  • Cecilia Guimarães Bastos Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-8136.65597

Palavras-chave:

Turismo, Peregrinação, Centro Eletivo

Resumo

Este artigo analisa o turismo religioso como um movimento para longe do centro cultural e espiritual de uma pessoa, para sua “periferia”, em direção aos centros de outras culturas e sociedades, como propõe Cohen (1979). Enquanto o centro do peregrino é dado, o do turista religioso é eleito, um centro que escolheu “se converter”. Ao viver longe do centro, o peregrino não se sente vivendo em “exílio”, já que seu centro é o mesmo de sua sociedade, não foi escolhido. Já o centro do turista é eleito e não é o de origem de sua cultura. Desde que o centro do peregrino é o de sua própria cultura, uma visita a ele não apenas o revitaliza, mas reforça seus compromissos com valores culturais básicos e ele é reconciliado com seu papel na sociedade. Quando o turista elege um centro, ele não será reconciliado com sua sociedade, mas permanece “alienado” dela.

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Biografia do Autor

Cecilia Guimarães Bastos, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutora em Ciências Sociais PPCIS/UERJ). Pesquisadora Museu Nacional (PPGAS/UFRJ).

Publicado

2017-08-04

Como Citar

Bastos, C. G. (2017). Perspectivas antropológicas sobre o turismo religioso: atravessando as fronteiras do turismo e da peregrinação. Debates Do NER, 1(31), 307–330. https://doi.org/10.22456/1982-8136.65597