A primeira gravação etnográfica do batuque do Rio Grande do Sul (1946) e as (des)continuidades aparentes na tradição do tambor hoje

Autores

  • Reginaldo Gil Braga Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-8136.35990

Palavras-chave:

Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, Batuque ou Nação, Continuidade e Mudança, Memória e Patrimônio Musical

Resumo

Este artigo pretende trazer aspectos até então desconhecidos sobre o passado musical da religião afro-gaúcha denominada Batuque ou Nação. Ocorre que em 1946, uma equipe do Centro de Pesquisas Folclóricas da então Escola Nacional de Música, Universidade do Brasil, chefiada pelo pesquisador Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, percorreu o estado do Rio Grande do Sul recolhendo informações e fixando em discos, performances de músicos de várias manifestações folclóricas e populares, entre elas do Batuque porto-alegrense. Antigo tamboreiros, os músicos rituais do Batuque, Pedro Barbosa, Antônio Costa, Odílio da Costa e Adão Conceição foram gravados por Luiz Heitor e dois sacerdotes importantes foram por ele entrevistados, Hugo Antônio da Silva e Rafaela Fagundes de Oliveira. Através da reconstituição dessa memória, e da análise formal desse material, pretendo discutir à luz da etnomusicologia aspectos recorrentes na área, tais como continuidade e mudança musical, dentro do culto e em relação a outros nacionais de tradição jêje-nagô que praticamente à mesma época receberam visitas de pesquisadores da academia que também realizaram gravações sonoras (o Candomblé da Bahia, com M. Herskovits em 1942 e a documentação realizada pela Missão Folclórica chefiada por Mário de Andrade em 1938 aos estados do Maranhão, Pernambuco e Pará sobre o Tambor de Mina, Xangô e Babassuê, respectivamente).

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Biografia do Autor

Reginaldo Gil Braga, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professor de Etno/ Musicologia do Departamento de Música e Programa de Pós-Graduação em Música da UFRGS.

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Publicado

2013-07-04

Como Citar

Braga, R. G. (2013). A primeira gravação etnográfica do batuque do Rio Grande do Sul (1946) e as (des)continuidades aparentes na tradição do tambor hoje. Debates Do NER, 1(23), 201–218. https://doi.org/10.22456/1982-8136.35990