Do “si mesmo” ao “outro”: ser, conviver, transformar

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Resumo

Segundo Ette (2008), o conceito de convivência adquire importância capital para a literatura e a transformação que ela propicia ao leitor, sobretudo no âmbito da narrativa de viagem. Falar no “outro”, hoje, leva a pensar em uma identidade cultural distinta. Porém, esse “outro” pode ser algo menos previsível como a natureza ou o meio ambiente, de que o ser humano tantas vezes se crê dissociado. A alteridade, conforme analisada aqui, além de abordar o conceito de “estrangeiro” de Kristeva (1988), também inclui a natureza; esse “novo outro”, afinal, também diz respeito à ecologia e à sustentabilidade (Schmidt [2015] e Krenak [2020]), bem como ao modo de o autor, viajante ou leitor se responsabilizar e tomar consciência do mundo do qual participa. Não seria papel da literatura intermediar a compreensão de que a humanidade segue rumos perigosos (culminando na pandemia atual) e refletir a dessubjetivação e abandono do antropocentrismo?

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Biografia do Autor

Renato Barros de Castro, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Renato Barros de Castro é doutorando em Letras na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde desenvolve tese sobre Johann Wolfgang von Goethe e Claudio Magris sob orientação do Prof. Dr. Gerson Roberto Neumann. Mestre em Letras pela Universidade Federal do Ceará (UFC), onde desenvolveu a dissertação José de Alencar ao correr da pena: da crônica ao romance (1854-1857). Graduado em Comunicação Social (Jornalismo) e Letras (Língua Portuguesa), tem experiência na área de Letras e Comunicação. Contato pelo e-mail renatobdecastro@gmail.com

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Publicado

19.03.2023

Como Citar

Castro, R. B. de. (2023). Do “si mesmo” ao “outro”: ser, conviver, transformar . Contingentia, 9(2), 58–76. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/contingentia/article/view/122686

Edição

Seção

Artigos