Che, the hero: Gender, photography and Cuban revolution

Authors

  • Andréa Mazurok Schactae Instituto Federal do Paraná (IFPR); Mestrado Profissional em História da Universidade Estadual de Ponta Grossa https://orcid.org/0000-0002-2597-4472

DOI:

https://doi.org/10.22456/1983-201X.117426

Keywords:

Che Guevara, Revolução Cubana, Masculinidade, Fotografia e História, Gênero.

Abstract

The Cuban Revolution tends to reaffirm the public space as belonging to men, especially to the heroes, who represent the ideal of virile masculinity. Among the heroes of the Cuban Revolution (1956-1959) who determined the internationalization of this revolutionary male ideal in Latin America, there is Ernesto Che Guevara. The birth of Che Guevara myth is part of the construction of narratives about the Cuban Revolution. After his death, in 1967, he became the incarnation of the heterosexual virile revolutionary new man, even beyond the Cuban borders. Therefore, the aim of this article is to analyze the construction of the hero Che in the photographs published in the special edition of the Cuban magazine Bohemia, dedicated to Che, in October 1967. The analysis of Ernesto Che Guevara’s photographic images published in this magazine, based on the gender category, allows us to establish a dialogue with political history, as well as to analyze photographic images as the builders of a biographical narrative, which is constructed by the Cuban state.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Andréa Mazurok Schactae, Instituto Federal do Paraná (IFPR); Mestrado Profissional em História da Universidade Estadual de Ponta Grossa

Atualmente é Professora do Instituto Federal do Paraná, Câmpus Telêmaco Borba, coordenadora do Grupo de Estudos Cultura, Identidades e Gênero do IFPR pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero da Universidade Federal do Paraná e professora do Mestrado ProfHistória UEPG. Possui graduação em História, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (1999); mestrado em História, pela Universidade Federal do Paraná (2003); e doutorado em História, pela Universidade Federal do Paraná (2011). Tem experiência na área de História, com ênfase em História e Gênero, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, identidade, mulher policial, mulher policial militar, instituições armadas, história da Revolução Cubana e representações.

References

ALBERDI, Virginia. Camilo y Che en la Plaza de la Revolución: Enrique Ávila, íconos para la historia. Enrique Ávila. 24 ago. 2010. Disponível em: http://enriqueavilacuba.com/articulos/camilo-y-che-en-la-plaza-de-la-revolucion-enrique-avila-iconos-para-la-historia/. Acesso em: 8 nov. 2020.

ALVIZURI, Verushka. Chevolución, Chesucristo: historia de un ícono en dos clichés. Caravelle, Toulouse, n. 98, p. 135-148, 2012. Disponível em: journals.openedition.org/caravelle/1202. Acesso em: 8 nov. 2020.

ANDERSON, Jon Lee. Che Guevara: uma biografia. Tradução de M. H. C. Côrtes. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

ATTANASIO, Angelo; ABRAHAM, Kako. Los 10 viajes que convirtieron a Ernesto Guevara en el Che. BBC.com. 9 oct. 2017. Disponível em: http://www.bbc.com/mundo/resources/idt-sh/che_guevara_viajes_mundo. Acesso em: 8 nov. 2020.

AYERBE, Luis Fernando. A Revolução Cubana. São Paulo: Ed. UNESP, 2004. (Coleção Revoluções do Século 20).

BELL, José; LÓPEZ, Delia Luisa; CARAM, Tania (Org.). Documentos de la Revolución Cubana: 1960. La Habana: Instituto Cubano del Libro: Editorial de Ciencias Sociales, 2007.

BEZERRA, Gustavo Henrique Marques. Da revolução ao reatamento: a política externa brasileira e a questão cubana (1959-1986). Brasília: FUNAG, 2012.

BOHEMIA. La Habana, año 59, n. 42, 20 oct. 1967. Bohemia. Número especial. Disponível em: http://ufdc.ufl.edu/UF00029010/03266. Acesso em: 8 nov. 2020.

BOURDIEU, Pierre. Razões práticas: sobre a teoria da ação. Tradução de Mariza Corrêa. Campinas, SP: Papirus, 1996.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Tradução de Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. (Coleção Memória e Sociedade).

BURKE, Peter. Testemunha ocular: história e imagem. Tradução de Vera Maria Xavier dos Santos. Bauru, SP: EDUSC, 2004.

CASTRO, Fidel. Millones de manos inspiradas en el ejemplo del Che se extenderán para empuñar las armas. Bohemia, año 59, n. 42, p. 52-64, 20 oct. 1967. Número especial. Disponível em: http://ufdc.ufl.edu/UF00029010/03266. Acesso em: 8 nov. 2020.

CHOMSKY, Aviva. História da Revolução Cubana. São Paulo: Veneta, 2015.

CONNELL, Raewyn W. La organización social de la masculinidad. In: VALDÉS, T.; OLAVARRÍA, J. (Eds.). Masculidad/es: poder y crisis. Santiago, Chile: Ediciones de las Mujeres, 1997. p. 31-48. Disponível em: http://www.pasa.cl/biblioteca/La_Organizacion_Social_de_la_Masculinidad_Connel,_Robert.pdf. Acesso em: 15 jan. 2009.

CONNELL, Raewyn W. Políticas da masculinidade. Educação e realidade, v. 20, n. 2, p. 185-206, 2005.

CONNELL, Raewyn W.; MESSERSCHMIDT, James W. Hegemonic masculinity: rethinking the concept. Gender & Society, v.19, n. 6, p. 829-859, Dec. 2005. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/pdf/10.1177/0891243205278639. Acesso em: 27 maio 2009.

CONSTENLA, Julia. Cuando Ernesto Guevara aun no era el Che. Bohemia, año 53, n. 35, p. 32-33, 27 ago. 1961. Disponível em: http://dloc.com/UF00029010/02946?search=bohemia. Acesso em: 7 nov. 2020.

CORBIN, Alain (org.). História da virilidade: O triunfo da virilidade – século XIX. Tradução: João Batista Kreuch; Noeli Correia de Melo Sobrinho. Petrópolis: Vozes, 2013.

COURTINE, Jean-Jacques. Impossível virilidade. In: COURTINE, Jean-Jacques (org.). História da Virilidade: A virilidade em crise? Séculos XX-XXI. Petrópolis: Vozes, 2013.

DOMINGUES, Juan de M. Che Guevara: a mídia como potencializadora do mito. 2008. 150 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008.

DOSSE, François. O desafio biográfico: escrever uma vida. São Paulo: Edusp, 2009.

ELIZUNDIA, Alicia. La foto que ha recorrido el mundo. In: _____. Bajo la piel del Che. La Habana: Pablo de la Torriente Editorial, 2005. p. 164-170.

GIRARDET, Raoul. Mitos e mitologias políticas. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

GUEVARA, Ernesto. O socialismo e o homem em Cuba. Março, 1965. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/guevara/1965/03/homem_cuba.htm. Acesso em: 7 nov. 2020.

HERTZ, Robert. A preeminência da mão direita: um estudo sobre a polaridade religiosa. Tradução: Alba Zahuar. Religião e Sociedade, n. 6, p. 99-128, 1980.

HOBSBAWM, Eric. A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

HUIZINGA, Johann. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perpectiva, 1971.

KOSSOY, Boris. Fotografia & História. 2. ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.

LÓPEZ SEGRERA, Francisco. A Revolução Cubana: propostas, cenários e alternativas. Maringá: Eduem, 2012.

LÓPEZ, Francisca; LOYOLA, Oscar; SILVA, Arnaldo. Cuba y su historia. La Habana: Editorial Felix Varela, 2005.

MARTÍ, José. Nossa América. Tradução: Maria Angélica de Almeida Triber. São Paulo: HUCITEC, 1983.

MAUAD, Ana Maria. Através da imagem: fotografia e história – interfaces. Tempo, v. 1, n. 2, p.73-98, 1996.

MOLON, Newton D. A visita de Che: a mídia e a renúncia de Jânio Quadros. 2006. 111 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, 2006.

MOREIRA, Rosemeri; SCHACTAE, Andréa Mazurok; SOTO, Ivette Sónõra. Entre guerrilleras, soldados y policias: lo femenino en instituciones armadas de Cuba y de Brasil. In: MARTINS; Ana Paula Vosne; GUEVARA, María de los Ángeles Arias (org.). Políticas de Gênero na América Latina: aproximações, diálogos e desafios, Jundiaí: Paco Editorial, 2015. p. 141-170.

PITT-RIVERS, Julian. A doença da honra. In: GAUTHERON, Marie (Org.). A honra: imagem de si ou dom de si, um ideal equívoco. Porto Alegre: L&PM, 1992. p. 17-41.

PRADO, Giliard da Silva. Guerrilhas da memória: estratégias de legitimação da Revolução Cubana (1959-2009). 258 f. Tese (Doutorado em História) – Instituto de Ciências Humanas, Universidade de Brasília, Brasília, 2013. Disponível em: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/14538/3/2013_GiliarddaSilvaPrado.pdf. Acesso em: 8 nov. 2020.

PRADO, Giliard da Silva. O tribunal revolucionário como tribuna política em Cuba: uma análise dos casos “Marquitos” e “Ordoqui”. Revista Eletrônica da ANPHLAC, n. 21, p. 4-33, jul./dez., 2016. Disponível em: http://revista.anphlac.org.br/anphlac/article/view/2499/2254. Acesso em: 8 nov. 2020.

RÉMOND, René (Org.). Por uma história política. Tradução de Dora Rocha. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.

SCHACTAE, Andréa M. A construção do herói Che e as masculinidades em Cuba: constituindo um objeto de pesquisa. In: GUILHERME, Willian Douglas. (Org.) Desafios e soluções da sociologia. Ponta Grossa, PR: Atena Editora, 2019. p. 133-145. Disponível em: http://www.finersistemas.com/atenaeditora/index.php/admin/api/artigoPDF/17910. Acesso em: 8 nov. 2020.

SCHACTAE, Andréa M. “Mulheres guerreiras”: mulheres na guerrilha cubana e a construção da heroína Célia Sanchez. In: MOREIRA, Rosemeri; SCHACTAE, Andréa M. (org.). Gênero e instituições armadas. Guarapuava/PR: UNICENTRO, 2016, p. 189-215.

SCOTT, Joan W. Prefácio a Gender and Politics of History. Cadernos Pagu, n. 3, p. 11-27, 1994. Disponível em: http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1721. Acesso em: 8 nov. 2020.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise história. Educação & Realidade, v. 20, n. 2, p. 71-99, 1995. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/71721. Acesso em: 8 nov. 2020.

SIERRA MADERO, Abel. Del otro lado del espejo: La sexualidad en la construcción de la nación cubana. La Habana: Editorial Casa de las Américas, 2006.

SÔNEGO, Márcio J. F. A fotografia como fonte histórica. Historiæ, Rio Grande, v. 1, n. 2, p. 113-120, 2010. Disponível em: http://periodicos.furg.br/hist/article/view/2366/1248. Acesso em: 8 nov. 2020.

STANCIK, Marco A. Gloriosa conquista ou cruel destruição? A Grande Guerra (1914-1918) representada em cartões-postais alemães e franceses. Temporalidades, Belo Horizonte, v. 7, n. 1, p. 49-62, jan./abr. 2015. Disponível em: http://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/5570. Acesso em: 8 nov. 2020.

STANCIK, Marco A. Lina Cavalieri, musa da Belle Époque: representações da feminilidade em cartões-postais. História, São Paulo, v. 33, n. 2, p. 445-469, jul./dez. 2014. Disponível em: https://dx.doi.org/10.1590/1980-436920140002000021. Acesso em: 8 nov. 2020.

VALDÉS, Ximena. Familia, género y vida privada: cambios sociales y transformaciones familiares en Chile y el medio rural en la segunda mitad del siglo XX. 2005. Tesis (Doctorado em Estudios Americanos) – Facultad de Humanidades - Instituto de Estudios Avanzados, Universidad de Santiago de Chile, Santiago de Chile, 2005. Disponível em: http://www.generohistoriaruralidad.cl/pdf/tesis/2016.pdf. Acesso em: 8 nov. 2020.

VASCOCELOS, Joana Salém. Propriedade coletiva em debate: caminhos da revolução agrária em Cuba (1959-1964). Revista Nera, ano 18, n. 27, p. 240-258, jan./jun. 2015. Disponível em: http://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/2949. Acesso em: 8 nov. 2020.

VERDECIA TAMAYO, Manuel de Jesús et al. El latinoamericanismo de Ernesto “Che” Guevara. Algunas notas. Millcayac: Revista Digital de Ciencias Sociales, v. 5, n. 9, p. 13-32, sep.-feb. 2018. Disponível em: http://revistas.uncu.edu.ar/ojs/index.php/millca-digital/article/view/1351. Acesso em: 8 nov. 2020.

VILLAÇA, Mariana Martins. Representações de Che Guevara na canção latino-americana. Projeto História, São Paulo, n. 32, p. 355-370, jun. 2006. Disponível em: http://revistas.pucsp.br/revph/article/download/2438/1533. Acesso em: 8 nov. 2020.

VOLO, Lorraine Bayard de. Women and the Cuban Insurrection: How Gender Shaped Castro's Victory. New York: Cambridge University Press, 2018.

Published

2022-12-30

How to Cite

Schactae, A. M. (2022). Che, the hero: Gender, photography and Cuban revolution. Anos 90, 29, 1–20. https://doi.org/10.22456/1983-201X.117426

Issue

Section

História da(s) sexualidade(s) na América Latina (séculos XIX e XX)