De quanta memória precisa uma democracia? Uma reflexão sobre as relações entre práticas memoriais e práticas democráticas no Brasil atual

Autores

  • Benito Bisso Schmidt Departamento e Programa de Pós-Graduação em História da UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.22456/1983-201X.54042

Palavras-chave:

Ditadura brasileira, Memória, Democracia, Justiça de transição

Resumo

O artigo, construído na forma de ensaio, busca analisar a relação entre práticas de memória e práticas democráticas, tendo como eixo projetos memoriais realizados no Brasil atual em relação à ditadura civil-militar iniciada em 1964. Para tanto, examina lugares de memória e manifestações da sociedade civil que evocam esse passado autoritário, pensando-os como integrantes da justiça de transição. Postula também a necessidade de uma memória exemplar a respeito da ditadura como elemento fundamental à construção de uma democracia vigorosa e de uma cidadania plena.

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Publicado

2015-03-09

Como Citar

Schmidt, B. B. (2015). De quanta memória precisa uma democracia? Uma reflexão sobre as relações entre práticas memoriais e práticas democráticas no Brasil atual. Anos 90, 22(42), 153–177. https://doi.org/10.22456/1983-201X.54042

Edição

Seção

Dossiê: Usos públicos e políticos da memória - Construções, conflitos e representações