Nietzsche, ressentimento e a inocência do esquecimento

Autores/as

  • José Carlos S. Rocha Costa Universidade Federal da Bahia
  • Roberto Roque Lauxen

Resumen

O presente artigo pretende discutir o conceito de ressentimento na Genealogia da moral de Friedrich Nietzsche e em outros escritos do filósofo. Analisaremos o ressentimento em duas perspectivas. Em primeiro lugar, o ressentimento entendido como o problema individual do homem vingativo, fraco, adoecido pela incapacidade de dar conta das impressões que chegam à sua consciência. Neste primeiro momento, o ressentimento se expressa como memória das marcas, nas quais as forças ativas, aquelas que permitem a renovação da consciência estão interiorizadas no homem reativo. Posteriormente, trataremos o ressentimento como espírito de vingança, como um modo doente de existir, uma vez que o sujeito que interioriza seus instintos criadores assume como meio de vida a vingança contra os saudáveis. Nesta segunda perspectiva, o ressentimento se apresenta como um fenômeno social, cuja sede de vingança se encontra no corpo político e moral cuja organização visa a produção do homem manso, civilizado, animal doméstico, o antípoda do homem de exceção, isto é, do homem nobre nietzschiano.

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Publicado

2021-04-01

Cómo citar

S. Rocha Costa, J. C., & Roque Lauxen, R. (2021). Nietzsche, ressentimento e a inocência do esquecimento . REVISTA AGON - Ἀγών - ISSN: 2965-422X, 1(1). Recuperado a partir de https://seer.ufrgs.br/index.php/agon/article/view/133344