A MÍSTICA DO FEMININO: A secularização da metafísica no materialismo dialético
Palabras clave:
místicaResumen
O feminismo enquanto movimento, de uma forma genérica e abrangente, refere-se a uma pluralidade de doutrinas sobre a condição de opressão e exploração da mulher numa sociedade majoritariamente patriarcal e capitalista, assim como, estabelece uma série de possibilidades para superar essa condição. Para tanto, a fim de que tal exploração se estabeleça é necessário a esse mesmo sistema, justifique um conceito de mulher, adequada, portanto,, ao status quo. Inspiradas em Simone de Beauvoir e mais tarde em Foucault, que inspiram o conceito de mulher enquanto construção social (e por isso cultural), o feminismo visa uma determinação autônoma do ser mulher, isto é, como construção particular (individual) e/ ou como classe, que recebe influência do materialismo dialético marxista. O presente artigo tem como objetivo demonstrar que essa noção de autonomia, antes do materialismo dialético, é devedora da metafísica religiosa encontrada em algumas tradições orientais, seja entre os gregos ou monges tibetanos, o que estabelece uma necessidade de revisão tanto da noção de autonomia quanto do materialismo no qual ela se justifica, enquanto abordagem científica, política e democrática.
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