A revista Nova Escola e a tradução curricular sobre a competência socioemocional
Resumo
O artigo considera as apropriações da revista Nova Escola em relação aos currículos escolares, especialmente quanto à competência socioemocional, iniciada nos Parâmetros Curriculares Nacionais da década de 1990 e hoje em voga na Base Nacional Comum Curricular de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Compreende que a concepção de competência socioemocional intersecciona a dimensão economicista da pedagogia das competências e a dimensão emocionalizada das denominadas “pedagogias psi”. Entende que a revista parte de uma tradução dos currículos escolares, prescrevendo, recomendando, indicando ao professor e à professora
qual história ensinar e como ensiná-la, a partir de uma visão da história e de ensino almejados para alguns grupos sociais, notadamente para o grupo empresarial. Focaliza as propostas para desenvolvimento da competência denominada “socioemocional” nos(as) jovens estudantes, concluindo que embora haja um discurso convincente ao propor protagonismo, equilíbrio, resiliência, autonomia, autoestima, etc., apela para competência emocional/psíquica para o mundo do trabalho regulado por políticas neoliberais, desviando a história (assim como outras disciplinas) como disciplina escolar sustentada pela ciência.
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