George Orwell e a compaixão em tempos sombrios
representações do homem comum no jornalismo literário
Palavras-chave:
Cultura e Representações, História e Literatura,Resumo
Este artigo objetiva demonstrar as influências exercidas pelo jornalismo investigativo e o realismo literário em Na pior em Paris e Londres, livro de estreia de George Orwell. A princípio, analisamos a relação entre escritor e leitor através dos conceitos de outsider e insider, propostos por Raymond Williams para explicar o duplo papel desempenhado por George Orwell. Metodologicamente, amparamo-nos nos estudos de Luiz Costa Lima para pensar a obra do literato inglês sob uma perspectiva mimética. Ao longo do texto, evidenciamos os consensos e divergências entre o ofício jornalístico e o artístico, com o propósito de indicar que o século XX impôs aos escritores o dever de registrar e de representar. Finalmente, através do conceito de senso comum, explicado por Hannah Arendt, defendemos que a compaixão é o sentimento que orientou jornalistas e literatos a buscarem o verídico e o verossímil em suas representações acerca do homem comum.
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