A cloritização na Mina Uruguai, Minas do Camaquã, RS, Brasil

Autores

  • Guilherme C. TROIAN CPRM/ Serviço Geológico do Brasil/ Superintendência Regional de Recife
  • André S. MEXIAS Instituto de Geociências/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Márcia E.B. GOMES Instituto de Geociências/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Denise CANARIM Programa de Pós-graduação em Geociências/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Patricia PATRIER-MAS Université de Poitiers
  • Christophe RENAC Université Jean Monnet

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.22658

Palavras-chave:

clorita, alteração hidrotermal, Minas do Camaquã, Mina Uruguai, diagênese, difratometria de raios x.

Resumo

A região das Minas do Camaquã é a parte constituinte da Bacia do Camaquã, a qual possui direção NE-NW e é preenchida por sedimentos siliciclásticos intercalados com rochas vulcânicas. A clorita é o argilomineral mais abundante da área, ocorrendo em grande quantidade nos halos de alteração hidrotermal presentes nas rochas encaixantes nas mineralizações na Mina Uruguai. Este trabalho consiste na caracterização petrológica, química e estrutural das cloritas, que fornece importante informações sobre diferentes processos e condições de formação do ambiente hidrotermal. Para isso se realizou petrografia óptica, difratometria de raios X, modelamento dos difratogramas através do programa Reynolds Newmod © e  microscopia eletrônica de varredura (elétrons secundários e micro-análises por EDS) em amostras representativas de diferentes zonas de alteração hidrotermal identificadas. As cloritas se apresentam com três diferentes tendências: a Clorita I ocorre com aspecto pervasivo sobre matriz das rochas localizadas próximos aos filões mineralizados; é classificada como Fe-clinocloro, apresenta na fração ˂1 µm predominância do politipo IIb e um enriquecimento em Mg2+  e na fração ˂10 µm predominância do politipo Ib (90°) e enriquecimento em Fetotal .  A Clorita II ocorre com veios preenchendo pequenas fraturas; é classificada como Chamosita e apresenta politipo estrutural IIb. A Clorita III ocorre alterando minerais detríticos sendo classificada como Mg-Chamosita. A variação na quantidade de ferro das cloritas geradas por processos hidrotermais ( Clorita I ˂10 µm e Clorita II) fornece indícios da ocorrência de pelo menos dois pulsos no processo de alteração hidrotermal: um responsável pela intensa alteração da matriz e dos clastos das rochas e outro responsável pela geração de veios tardios. A variação na quantidade Fetotal  dos dois diferentes fluidos responsáveis pela cristalização das cloritas fica evidenciada pela associação de co-genecidade da Clorita II com a hematita, mostrando que o fluido final foi muito mais enriquecido em ferro que o fluido precoce cristalizou a Clorita I ˂10 µm.

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Publicado

2010-12-31

Como Citar

TROIAN, G. C., MEXIAS, A. S., GOMES, M. E., CANARIM, D., PATRIER-MAS, P., & RENAC, C. (2010). A cloritização na Mina Uruguai, Minas do Camaquã, RS, Brasil. Pesquisas Em Geociências, 37(3), 173–190. https://doi.org/10.22456/1807-9806.22658