Caracterização Petrográfica e Geoquímica dos Granitos Metaluminosos da Associação Alcalina: Revisão
DOI:
https://doi.org/10.22456/1807-9806.21361Palavras-chave:
caracterização petrográfica, geoquímica, granitos metaluminosos, associação alcalinaResumo
As associações alcalinas supersaturadas em sílica são constituídas dominantemente por granitos peralcalinos, metaluminosos a fracamente peraluminosos (2% coríndon normativo) e rochas sieníticas, estando associadas em geral, a faixas orogênicas em fase de estabilização ou a ambientes anorogênicos relacionados com rifts. As rochas graníticas dessas associações são principalmente granitos metaluminosos (incluindo-se peraluminosos com coríndon normativo inferior a 2%) com biotita e/ou anfibólios cálcicos, frequentemente de difícil distinção de granitos calcialcalinos evoluídos. Os anfibólios e biotitas desses granitos mostram elevadas razões Fe/Mg, refletindo a composição do magma inicial e geralmente baixas f02. Quimicamente os granitos metaluminosos dessa associação caracterizam-se ainda por elevados teores de álcalis em relação a alumina, enriquecimento em Nb, Zr, Y e Ga. Seus padrões de terras raras (ETR) mostram-se geralmente enriquecidos, com baixo grau de fracionamento e pronunciadas anomalias negativas de Eu. A identificação desses granitoides e sua discriminação efetiva exige a integração das relações de campo, com dados petrográficos e geoquímicos ou mesmo de química mineral. A discriminação de seus ambientes tectônicos através da utilização de dados químicos demanda um maior conhecimento dos fatores que controlam a abundância de elementos como Ba, Nb, Y e outros nas fusões graníticas e em seus magmas parentais. A maior parte das mineralizações relacionadas com essas associações alcalinas estão contidas nos termos metaluminosos com biotita, enfatizando-se assim a relevância de seu estudo e caracterização.