O Condrito Rio do Pires: aspectos petrográficos e mineraloquímicos

Autores

  • Wilton P. de CARVALHO Programa de Pós-graduação em Geologia/ Universidade Federal da Bahia
  • Débora C. RIOS Grupo de Pesquisa Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral
  • Maria E. ZUCOLOTTO Museu Nacional/ Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Herbet CONCEIÇÃO Programa de Pós-Graduação em Geociências e Análise de Bacias/Universidade Federal de Sergipe
  • Amanda A. TOSI Instituto de Geociências/Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Murilo M. GOMES Grupo de Pesquisa Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.88647

Palavras-chave:

Condrito, meteorito, L6, Rio do Pires

Resumo

O meteorito Rio do Pires é um condrito tipo L6 achado antes de 1992 na Bahia, Brasil, em data desconhecida, tendo seu registro publicado noMeteoriticalBulletin em 1994, através de análise simplificada requerida para esse procedimento, apresentada por Adrian Brearley da Universidade do Novo México, E.U.A. Esse estudo objetiva ampliar os dados existentes sobre esse meteorito, através do detalhamento de suas características petrográficas, químicas e mineralógicas. Foram realizadas análises em três lâminas polido-delgadas e em uma amostra de mão, utilizando microscópio petrográfico e lupa petrográficaestereomicroscópica, microssonda eletrônica (EPMA) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). A análise petrográfica permitiu constatar a existência de veios de choque resultantes de evento colisional do corpo parental que originou esse meteorito. Aproximadamente 93% dos minerais que compõem essa rocha são transparentes, predominando cristais de olivina, piroxênio e plagioclásio, nesta ordem. Os minerais opacos são representados por grãos de Fe-Ni metálicos, troilita, cromita e whitlockita (merrilita).A olivina épredominantemente magnesiana (Fa25). O piroxênio é a enstatita e o plagioclásio oligoclásio. A mineraloquímica observada é similar a do bem estudado meteorito Suizhou, umcondrito do tipo L6. A matriz demonstra sinais de alta recristalização e presença de maskelinita, um importante indicador de choque, sendo significativa para o entendimento da história evolucional do Rio do Pires.Os novos dadosindicam um grau de choque entre S4 e S5 para este meteorito, em vez do grau S6 proposto quando de seu registro no MeteoriticalBulletin.

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Publicado

2018-12-18

Como Citar

CARVALHO, W. P. de, RIOS, D. C., ZUCOLOTTO, M. E., CONCEIÇÃO, H., TOSI, A. A., & GOMES, M. M. (2018). O Condrito Rio do Pires: aspectos petrográficos e mineraloquímicos. Pesquisas Em Geociências, 45(2), e0666. https://doi.org/10.22456/1807-9806.88647