Comportamento morfodinâmico sazonal da Praia da Romana, Ilha dos Guarás (NE do Pará), como indicativo do transporte litorâneo da área

Autores

  • Leilanhe A. RANIERI Programa de Pós-graduação em Geologia e Geoquímica - Instituto de Geociências - Universidade Federal do Pará
  • Maâmar EL-ROBRINI Grupo de Estudos Marinhos e Costeiros (GEMC/CNPq) - Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.37380

Palavras-chave:

morfodinâmica de praias, deriva litorânea, praias de macromarés

Resumo

A Praia da Romana está situada na foz do rio Pará, o que lhe confere uma alta hidrodinâmica, com ventos (média anual de 4,6 m/s) e ondas (média anual de 1,5 m) vindos de NE, e meso-macromarés (3,4 m – março; 4,3 m – agosto) semidiurnas. Constatou-se que a praia é dissipativa, dominada por ondas no período menos chuvoso (RTR < 3) e por ondas e marés no período mais chuvoso (> 3 RTR < 7). As ondas apresentaram maior altura no período menos chuvoso (mínima de 1,49 m – setor leste; máxima de 1,62 m – setor central). O ângulo de incidência de ondas (α) foi maior no setor oeste durante todo o ciclo sazonal, sendo acrescido do período mais chuvoso (62° NE – janeiro e 80° NE – março) para o período menos chuvoso (85° NE – agosto). No setor central e oeste o ângulo não variou muito, sendo em média 20° NE e 25° NE, respectivamente. Houve acresção de sedimentos do período mais chuvoso ao menos chuvoso no setor oeste (Vv final: 409 m3/m), e erosão nos setores central e leste (Vv final: -306 m3/m, -339 m3/m, respectivamente). O coeficiente de variação da linha de costa (CVYb), no setor oeste variou de 8,05% (março, período mais chuvoso) à 9,08% (agosto, período menos chuvoso). No setor central, este percentual foi decrescente: 8,30% (março) à 7,43% (agosto), assim como no setor leste: 16,43% em março à 13,33% em agosto. Houve um comportamento quase padrão ao longo do ciclo sazonal para análise granulométrica: valores da média e assimetria aumentando do setor leste para o setor oeste, e aumento no grau de seleção e curtose do setor oeste ao setor leste. A praia é recoberta por areias finas (>2 – 3 phi), preferencialmente bem selecionadas e muito bem selecionadas (<0,35 – <0,50 phi), e o transporte de sedimentos é de E-W.

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Biografia do Autor

Leilanhe A. RANIERI, Programa de Pós-graduação em Geologia e Geoquímica - Instituto de Geociências - Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Oceanografia pela Universidade Federal do Pará (2007), graduação em Tecnologia em Processamento de Dados pelo Centro Universitário do Estado do Pará (2005) e mestrado em Geologia e Geoquímica pela Universidade Federal do Pará (2011). Atualmente está cursando o doutorado no Instituto de Geociências da UFPA. Tem experiência na área de Oceanografia, com ênfase em Oceanografia Geológica, atuando principalmente nos seguintes temas: ambiente praial, transporte costeiro, macromaré, granulometria e nordeste do Pará.

Maâmar EL-ROBRINI, Grupo de Estudos Marinhos e Costeiros (GEMC/CNPq) - Universidade Federal do Pará

Possui Graduação em Sciences de La Terre - Université des Sciences et de la Technologie Houari Boumedienne (1979), Mestrado em Physiographie des Océans et des Littoraux - Université de la Sorbonne Paris IV (1982) e Doutorado de l´Université em Geologia Marinha - Université de la Sorbonne Paris IV (1986). Atualmente é Professor Associado IV da Universidade Federal do Pará (UFPA). Coordena o Grupo de Estudos Marinhos & Costeiros (GEMC/CNPQ). Tem experiência na área de Oceanografia, com ênfase em Oceanografia Geológica, atuando principalmente nos seguintes temas: Zona Costeira Amazônica, Zona Econômica Exclusiva Norte do Brasil, Instabilidade dos Fundos do Mar Mediterrâneo (Bacia Ocidental), Oceanografia Estuarina, Modelagem Hidrodinâmica.

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Publicado

2012-12-31

Como Citar

RANIERI, L. A., & EL-ROBRINI, M. (2012). Comportamento morfodinâmico sazonal da Praia da Romana, Ilha dos Guarás (NE do Pará), como indicativo do transporte litorâneo da área. Pesquisas Em Geociências, 39(3), 231–246. https://doi.org/10.22456/1807-9806.37380