Reconhecimento Estrutural e Geoquímico dos Granitóides Brasilianos da Região de Pelotas, RS
DOI:
https://doi.org/10.22456/1807-9806.21275Palavras-chave:
reconhecimento estrutural, geoquímico, granitóides, pelotas, RSResumo
Nos diversos granitoides que compõem o Batólito Pelotas, foram identificados dois eventos de deformação regional, D1 e D2, relacionados ao Ciclo Brasileiro (900 – 450 Ma). O primeiro evento de deformação está restrito ao Complexo Pinheiro Machado, gerando nestes metagranitoides zonas de cisalhamento dúcteis, obliterando parcialmente suas estruturas magmáticas. O evento D2, de ampla distribuição geográfica, tem como feição estrutural principal da Zona de Cisalhamento Dorsal of Canguçu (ZCDC). Na região de Piratini e Pelotas as rochas graníticas estudadas podem ser dividas em pré, sin e tardi a pós-cinemáticas a D2. Os metagranitoides do Complexo Granítico-Gnáissico Pinheiro Machado (pré-D2) apresentam um caráter geoquímico cálcico-alcalino e metaluminoso, mostrando-se deformados por um regime tangencial D1 em condições metamórficas equivalentes às da fácies Anfibolito. Os metagranitos sin-cinemáticos a D2 demonstram um comportamento intermediário entre cálcico-alcalinos e alcalinos, alguns metaluminosos como os granitoides porfiríticos, outros peraluminosos, a exemplo dos corpos da Suíte Cordilheira. Os metagranitos sin-D2 apresentam uma foliação S2 relativamente contínua e homogênea, sendo recortados por diversas faixas de cisalhamento mais tardias com a formação de rochas miloníticas e filoníticas fortemente foliadas. O metamorfismo que acompanha estas zonas forma-se em condições metamórficas equivalentes à fácies Xistos Verdes. Os granitoides tardi a pós-D2 estão representados pelos corpos da Suíte Dom Feliciano. Demonstram uma composição química alcalina alinhando seus corpos ao longo da ZCDC, embora com uma deformação restrita a estreitas faixas de cisalhamento próximas è região de contato dos mesmos.