Petrologia do magmatismo básico do Cerro Morado na bacia triássica Ischigualasto-Villa Unión (NW da Argentina)

Autores

  • Felipe M. ALEXANDRE Programa de Pós-graduação em Geociências.Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Carlos A. SOMMER Instituto de Geociências.Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Evandro F. LIMA Instituto de Geociências.Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Farid CHEMALE JR. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde-Núcleo de Geologia.Universidade Federal de Sergipe.
  • Claudia A. MARSICANO Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. Universidad de Buenos Aires.
  • Adriana C. MANCUSO Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. Universidad de Buenos Aires.
  • José A. BROD Instituto de Estudos Sócio-Ambientais.Universidade Federal de Goiás.

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.17843

Palavras-chave:

petrologia, rochas subsaturadas, soleira, NW Argentina.

Resumo

Estudos realizados no Cerro Morado, localizado no Parque Provincial Ischigualasto - Vale de la Luna (norte da Província de San Juan - Argentina), permitiram a identificação e a caracterização de rochas hipabissais básicas subsaturadas em sílica e de afinidade alcalina. Este magmatismo é provavelmente relacionado com a reativação extensional de estruturas paleozóicas decorrentes da ruptura do supercontinente Gondwana. As rochas hipabissais do Cerro Morado ocorrem como um corpo tabular e intrusivo concordantemente com as rochas sedimentares da Formação Chañares (Triássico Médio), correlacionada à bacia triássica Ischigualasto - Villa Unión. A porção basal da soleira é constituída por olivina diabásio, dominantemente porfirítico,
com fenocristais de plagioclásio, clinopiroxênio e, raramente, olivina, e uma matriz hipocristalina fina constituída pelos mesmos minerais, além de minerais opacos, apatita e vidro. As texturas traquítica, intergranular e ofítica também são comuns. As porções intermediária e de topo são caracterizadas principalmente por rochas tefríticas porfiríticas, com fenocristais de plagioclásio, feldspatóide e clinopiroxênio, e matriz equigranular fina de mesma composição. A aplicação de classificações químicas para as rochas do Cerro Morado deve ser feita com cautela, devido aos altos valores de perda ao fogo das amostras analisadas. O comportamento dos
elementos maiores e traços sugere que o fracionamento mineral foi o principal processo de diferenciação magmática. O valores de LILE, HFSE e ETR são similares aos de basaltos alcalinos intraplaca. Os elevados conteúdos destes elementos, associados às razões entre os elementos incompatíveis, sugerem uma fonte mantélica enriquecida e heterogênea. O enriquecimento em Sr, K, Rb e Ba pode ser resultante da modificação de uma fonte mantélica por fluidos aquosos
originados da subducção de uma crosta oceânica. Dados preliminares de Rb-Sr e Sm-Nd sugerem fontes mantélicas múltiplas, incluindo reservatórios isotópicos do tipo HIMU, com leve influência de componente mantélico enriquecido.

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Publicado

2009-12-31

Como Citar

ALEXANDRE, F. M., SOMMER, C. A., LIMA, E. F., CHEMALE JR., F., MARSICANO, C. A., MANCUSO, A. C., & BROD, J. A. (2009). Petrologia do magmatismo básico do Cerro Morado na bacia triássica Ischigualasto-Villa Unión (NW da Argentina). Pesquisas Em Geociências, 36(3), 295–313. https://doi.org/10.22456/1807-9806.17843