O ensaio no mundo diaspórico como gramática de resistência – o novo Estado Nacional Quilombista proposto por Abdias Nascimento em ABC do Quilombismo
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.144888Palavras-chave:
Ensaio, Quilombismo, Abdias Nascimento, Intelectualidade Internacional NegraResumo
A premissa para esse trabalho é a da existência de uma Intelectualidade Negra Internacional, Transnacional, que se consolida ao longo do século XX e desagua na produção do século XXI, produtora de uma gramática de humanidade para a população negra dispersa em diferentes territórios americanos e organizada em diferentes ensaios de intelectuais negros e negras. Nesse sentido, proponho a leitura do manifesto/ensaio ABC do Quilombismo, presente no Documento nº 7 de Quilombismo (1980), de Abdias Nascimento, posto que nesse ensaio/manifesto o autor faz a proposta de um novo Estado brasileiro, denominado por ele como Estado Quilombista, estado no qual a vida brasileira é re-interpretada a partir das categorias de localização, centralização e agência negras (ASANTE, 2009).
Downloads
Referências
AIRA, César. El ensayo y su tema. In: Boletín 9 – El ensayo de los escritores – Diciembre, Rosário, 2001 p. 9 - 15
ADORNO, Theodor. Notas de Literatura I. São Paulo: Ed Duas Cidades e São Paulo: Editora 34, 2003
ASANTE, Molefi. Afrocentricidade: Notas sobre uma posição disciplinar. In: Elisa LARKIN NASCIMENTO, Elisa (org.). Afrocentricidade uma epistemológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009, p. 93 - 110
BHABHA, Homi. O local da Cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1998
BOLÍVAR, Francisco (2015). Un diálogo diaspórico: el lugar del Harlem Renaissance en el pensamiento racial e intelectual afrocolombiano (1920-1948). In: Hist. Crit. No. 55, Bogotá, enero – marzo , 288 pp. issn 0121-1617 (pp 101-124)
FANON, F. Pele Negra, Máscaras Brancas. Trad. Renato da Silveira. Salvador: Editora da Universidade Federal da Bahia (EDUFBA), 2008.
GARVEY, Marcus. The Negro’s Greatest Enemy. In: BLAISDELL, Bob (org.). Selected Writings and Speeches of Marcus Garvey. Minessota, NY: Dover Publications, 2004, p. 1-10.
GILROY, Paul. O Atlântico Negro. Trad. Cid Knipel Moreira. São Paulo: Ed. 34; Rio de Janeiro: UCAM, Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2001.
HILL COLLINS, Patricia. Se perdeu na tradução? Feminismo negro, interseccionalidade e política emancipatória. In: Parágrafo. JAN/JUN. 2017 V. 5 N. 1 ISSN: 2317 – 4919, 2017 p. 6 - 17
LUKÁCS, Georg . A alma e as formas. 14 ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015
NASCIMENTO, Abdias. O Quilombismo: Documentos de uma militância pan-africanista. Petrópolis: Vozes, 1980
VIANNA, Cintia Camargo. Manuel Zapata Olivella e Lélia Gonzaléz: intelectualidade negra em Diáspora - uma ensaística anticolonial e antecipadamente decolonial. In: RIBEIRO JÚNIOR, Florisvaldo Paulo e BATISTA DA SILVA ALMEIDA, Ivete (orgs.) Ensino de História em Perspectiva Decolonial. – São Leopoldo: Oikos, 2022 p. 155 - 175
VIANNA, Cintia Camargo. Quilombo como encaminhamento para inserção nacional da população negra nos ensaios Quilombismo, de Abdias Nascimento e em O conceito de quilombo e a resistência cultural negra, de Beatriz Nascimento. In: Pereira Camargo, Flávio, Couto de Brito, Tarsilla (orgs). Gênero, raça e classe na literatura contemporânea da América Latina [Ebook]. Goiânia: Cegraf UFG, 2023 p. 127 - 144
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos AutoraisAutores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License 3.0, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Isenção editorial
O conteúdo dos artigos publicados é de inteira responsabilidade de seus autores, não representando a posição oficial da Revista Nau Literária ou do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ou das instituições parceiras.