O sensacionismo de Fernando Pessoa em Água Viva de Clarice Lispector

Autores/as

  • Anderson Hakenhoar de Matos

DOI:

https://doi.org/10.22456/1981-4526.5070

Resumen

Este trabalho objetiva aumentar as possibilidades de leitura da obra Água viva de Clarice Lispector, comparando-a com alguns poemas sensacionistas do heterônimo Álvaro de Campos de Fernando Pessoa. Fernando Pessoa, dentre os seus diversos textos teóricos, define o Sensacionismo como a estética literária que pretende ser uma arte-todas-as-artes, isto é, unir em si tudo o que já foi produzido desde a antigüidade até hoje nos diversos cantos do mundo. Para tanto, admite a sensação como sendo a única realidade da vida, e a arte passa a ser a consciência da sensação. Em Água viva, Clarice Lispector alcança os fundamentos do Sensacionismo próprio de Álvaro de Campos: a escritura que se aproxima da pintura faz da sua criação arte. Essa arte é expressão de sua vida psíquica – pelo menos da personagem-narradora – e chega a ter consciência da sensação. Sua escritura é a conversão de sensação em objeto – palavra – que vai transformar-se em outras sensações para comunicar o valor do que se sente ao outro, para que este sinta da mesma maneira. Palavras-chave: Fernando Pessoa; Sensacionismo; Clarice Lispector; Água viva.

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Publicado

2007-12-15

Cómo citar

de Matos, A. H. (2007). O sensacionismo de Fernando Pessoa em Água Viva de Clarice Lispector. Nau Literária, 3(2). https://doi.org/10.22456/1981-4526.5070