Estilhaços da catástrofe: apontamentos sobre o exílio em Amores Exilados
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.50101Palabras clave:
Exílio, identidade, solidão.Resumen
O século XX, considerado por Eric Hobsbawn como a “era das catástrofes”, tanto na Europa quanto na América Latina, foi o palco onde os mais cruéis atos de violência e autoritarismo encenaram suas tragédias. A ditadura militar, no Brasil, protagonizou atrocidades hediondas por meio da imposição de um regime político que baniu a liberdade, impôs normas rígidas de comportamento ditadas pelo Estado e puniu os indivíduos adversos às regras de poder de diferentes modos, especialmente por meio da prática do exílio. Forma de desenraizamento traumático, no qual se nega a identidade através da ruptura brutal com os referenciais geográficos, sociais e individuais; esta é uma experiência ligada a processos políticos que na dimensão subjetiva implica em aniquilamentos, fragmentações, desorientações e crises identitárias. O romance Amores Exilados (2011), de Godofredo de Oliveira Neto, articula escrita imaginativa e teor testemunhal ao construir uma narrativa alicerçada sobre o sofrimento experimentado pelas vítimas do regime militar. Assim, dentro de uma reflexão sobre o desterro que utiliza como suporte teórico abordagens psicanalíticas, como a desenvolvida por Marcelo Viñar, e sociológicas, como a de Denise Rollemberg, exploram-se no presente trabalho o impacto e as consequências da violência do desenraizamento a partir dos personagens Fábio e Lázaro, jovens exilados em Paris.Descargas
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Publicado
2014-12-24
Cómo citar
Teixeira, G. R. (2014). Estilhaços da catástrofe: apontamentos sobre o exílio em Amores Exilados. Nau Literária, 10(2). https://doi.org/10.22456/1981-4526.50101
Número
Sección
Dossiê
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