Rethinking the Limits of Endemic Cannibalism: on Cinco Voltas na Bahia e um Beijo para Caetano Veloso
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.144558Palabras clave:
Alexandra Lucas Coelho, Antropofagia, Caetano VelosoResumen
This paper undertakes the unconventional experiment of arguing that the metaphor of anthropophagy is oversimplified and readily deployed, often without critical examination. Through a reading of Alexandra Lucas Coelho’s 2019 non-fiction book, Cinco Voltas na Bahia e um Beijo para Caetano Veloso, I argue that the concept of cultural cannibalism as a progressive and transformative force is shaped by Brazilian self-representations that frequently obscure the complex historical and cultural tensions inherent in it, making it not unlike other forms of exceptionalism. By idealizing Antropofagia as a decolonial critical method, Lucas Coelho inadvertently reinforces how the notion of cultural cannibalism has been appropriated by hegemonic structures to perpetuate national unity narratives that gloss over persistent inequalities. Moreover, Lucas Coelho’s interpretation leans on an exoticist aesthetic, reducing Brazil’s cultural complexities to a consumable, exportable spectacle. This paper, therefore, challenges the foundational promises of cultural cannibalism, exploring how its celebrated triumph not only obscures unequal power relations but also streamlines the intricate interplay of hegemony, exoticism, and cultural production in Brazil’s political and cultural history.
Descargas
Citas
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. The Trade in the Living: The Formation of Brazil in the South Atlantic, Sixteenth to Seventeenth Centuries. Albany, NY: SUNY Press, 2018.
ALMEIDA, Miguel Vale de. An Earth-Colored Sea: “Race,” Culture, and the Politics of Identity in the Postcolonial Portuguese-Speaking World. New York–Oxford: Berghahn Books, 2004.
CALIGARIS, Contardo. Hello Brasil e outros ensaios. São Paulo: Fósforo Editora, 2021.
CASTRO, Ruy. Metrópole à beira-mar. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
COELHO, Alexandra Lucas. Cinco voltas na Bahia e um beijo para Caetano Veloso. Lisboa: Editorial Caminho, 2019.
COELHO, Alexandra Lucas. Deus-dará: Sete dias na vida de São Sebastião do Rio de Janeiro ou O apocalipse segundo Lucas, Judite, Zaca, Tristão, Inês Gabriel & Noé. Lisboa: Tinta da China, 2016.
FISCHER, Luís Augusto. A ideologia modernista. São Paulo: Todavia, 2020.
GILROY, Paul. The Black Atlantic: Modernity and Double Consciousness. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1993.
LOURENÇO, Eduardo. Do colonialismo como nosso impensado. Lisboa: Gradiva, 2014.
MARCUSE, Herbert. Philosophy, Psychoanalysis and Emancipation. London–New York: Routledge, 2011.
MORESCHI, Marcelo. “Auto-historiografia modernista: a opinião dos documentos.” Ciência e Cultura 74, no. 2 (jan. 2022).
RAMOS, Rui (coord.). História de Portugal. Lisboa: A Esfera dos Livros, 2009.
RENDEIRO, Margarida. “Deus-dará e As doenças do Brasil ou quando o desconforto na memória coletiva não pode ser bestseller.” Journal of Lusophone Studies 9, no. 1 (Summer 2024): 135–157.
RUFINELLI, Jorge, and João Cezar de Castro Rocha (orgs.). Antropofagia hoje?. São Paulo: E Realizações, 2011.
STERZI, Eduardo. Saudades do mundo: Notícias da Antropofagia. São Paulo: Todavia, 2022.
TAYLOR, Diana. The Archive and the Repertoire: Performing Cultural Memory in the Americas. Durham–London: Duke University Press, 2003.
VELOSO, Caetano. Tropical Truth: A Story of Music and Revolution in Brazil. Translated by Isabel de Sena. New York: Alfred A. Knopf, 2002.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Direitos AutoraisAutores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License 3.0, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Isenção editorial
O conteúdo dos artigos publicados é de inteira responsabilidade de seus autores, não representando a posição oficial da Revista Nau Literária ou do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ou das instituições parceiras.