Vidas secas e o triunfo editorial do Nordeste Seco
materialidades, reverberações e conformações de uma síntese regional
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.144330Palabras clave:
Nordeste, literatura, tendências editoriaisResumen
O Nordeste Seco, noção proposta por Ab’Sáber (1999), triunfou na seara do “romance regionalista”, originando o mais bem-sucedido clichê entre os propostos para definir as diferentes realidades regionais e intrarregionais do país. Nesse panorama, uma obra parece ter acionado o processo de consolidação do estereótipo: Vidas secas, que a Livraria José Olympio Editora enviou às lojas em 1938, e que marca a estreia de Graciliano Ramos no catálogo da editora. Esse romance plasmou com tamanho vigor a vida de uma família de refugiados climáticos na “província fitogeográfica das caatingas”, que figura como um sucesso de vendas até os dias de hoje. Neste artigo, pretende-se examinar como a trilha econômica e cultural que deságua no primeiro ciclo de profissionalização da atividade editorial no país potencializou a obra de Graciliano, sua materialidade a reverberar e conformar a figura do migrante como síntese regional do Nordeste. Nessa perspectiva, busca-se ainda refletir criticamente sobre o modo como as artes e os sistemas de produção cultural vêm, a um só tempo, se apropriando do Nordeste e contribuindo para a consolidação de certa imagem de região.
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