O Ser e a Neblina
Guimarães Rosa e a dialética do sertão
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.144328Palavras-chave:
Guimarães Rosa, Walter Benjamin, Dialética, Sertão, BrasilResumo
Viver é perigoso, escrevera João Guimarães Rosa. Em sua obra magna, Grande sertão: veredas, ele explorou esse perigo literariamente. Nessa narrativa, questões universais do ser humano aparecem a partir da realidade particular do sertão mineiro do Brasil. Seu protagonista, Riobaldo, conta suas próprias memórias a um visitante com vistas a receber um conselho. O alcance metafísico da pergunta, engendrada no decorrer do livro, diz respeito à existência de deus e do diabo. Mas ela vem junto com a dimensão imanente acerca da experiência humana no tempo: o que é o ser humano? Essa pergunta pode ser estendida para a questão do Ser, em geral, e desdobrada para: o que é o ser do Brasil? Ao caminhar por temas centrais da tradição filosófica – identidade, linguagem e tempo – em uma escrita na beira da oralidade, o livro deflagra a ambiguidade da vida através da junção e da oscilação entre polos opostos: bom e mau, deus e diabo, guerra e paz, homem e mulher. O objetivo deste artigo é analisar essa “dialética extremamente viva”, como a caracterizou o crítico Antonio Candido, sob a luz da concepção dialética de Walter Benjamin, propondo uma reflexão acerca da própria busca pela interpretação do Brasil a partir da ficção de Rosa.
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