Hamlet e a reflexividade da melancolia / Hamlet and the reflexivity of melancholy

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22456/1981-4526.113731

Palabras clave:

Freud, Lacan, Melancolia, Shakespeare, Hamlet

Resumen

Nos textos de Freud, obras de diversos campos da arte são comentadas e referenciadas. No campo da dramaturgia, Freud se interessará por Hamlet e, a partir do seu estudo, irá relacionar os conflitos desse personagem com questões ligadas ao complexo de Édipo. Lacan também lecionará sobre o Hamlet, mas com uma leitura distinta, tendo como foco o tema do desejo. Da mesma forma que esses dois autores se debruçam nessa tragédia para refletir sobre temas psicanalíticos, esse artigo investiga de que forma o personagem Hamlet auxilia a explanar características do mecanismo da melancolia. Inicialmente foi evidenciada a relevância da arte na teoria de Freud de modo que seja possível compreender como essa área auxilia nas investigações da psicanálise. Foi possível perceber características de uma reflexividade melancólica na inação de Hamlet e nas autorrecriminações presentes em seus solilóquios.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Emmerson Vinicius Duarte Barros Correia, Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Mestrando em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas (PPGP-UFAL). Graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Alagoas (Formação de Psicólogo - IP/UFAL). 

Durante a graduação, participou como integrante dos projetos de pesquisa: "Epítome das referências epistemológicas científicas e estéticas de Freud" e "O pensamento da negatividade no pensamento estético e interpretativo de Freud - sobre artistas, arte e literatura"

Faz parte do Laboratório de Pesquisas em Psicanálise da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Interesse pela Psicanálise Freudiana e Lacaniana e suas articulações possíveis com Filosofia, Literatura, Estética e Política.

   

Cleyton Sidney de Andrade, Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Professor do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFAL.

Membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise. Coordenador da Rede Cinema e Psicanálise (Brasil) da FAPOL. Membro da Comissão Nacional de Cartéis e Intercâmbio da Escola Brasileira de Psicanálise. Membro da Sociedade Internacional de Psicanálise e Filosofia (SIPP). Faz parte do Laboratório de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Federal de Alagoas. Integrante dos grupos de pesquisa do CNPQ - Psicanálise, clínica e contemporaneidade, e Epistemologia e Ciência Psicológica.

Doutorado em Psicologia pela UFMG, área de concentração: Estudos Psicanalíticos (Set/2013). Mestrado em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2006), área de concentração: Estudos Psicanalíticos. Especialização em Saúde Mental pela ESMIG/FUNED. Especialização em Psicologia Clínica e Psicologia Hospitalar.

Autor do livro Lacan Chinês - Poesia, Ideograma e Caligrafia Chinesa de uma psicanálise - Vencedor do Prêmio Jabuti em 2016, 1º lugar na categoria Psicologia, Psicanálise e Comportamento

Citas

ALTHUSSER, Louis. Freud e Lacan. Marx e Freud: introdução crítica-histórica. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1985.

BLOOM, Harold. Shakespeare: a invenção do humano. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2000.

BUTLER, Judith. A vida psíquica do poder: teorias da sujeição. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.

CHAVES, Ernani. O paradigma estético de Freud. In: FREUD, Sigmund. Obras incompletas de Sigmund Freud: Arte, literatura e os artistas. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015, p. 7-39.

DUNKER, Christian. Estrutura e constituição da clínica psicanalítica: uma arqueologia das práticas de cura, psicoterapia e tratamento. São Paulo: Annablume, 2011.

______. Reinvenção da intimidade: políticas do sofrimento cotidiano. São Paulo: Ubu Editora, 2017.

FIGUEIREDO, Luís Claudio Mendonça; SANTI, Pedro Luiz Ribeiro. Psicologia: uma (nova) introdução. São Paulo: EDUC, 2008.

FREUD, Sigmund. A interpretação dos sonhos – volume 1 (1900). Porto Alegre: L&PM POCKET, 2014.

______. A questão da análise leiga: diálogo com um interlocutor imparcial (1926). In:______. Obras completas volume 17: Inibição, sintoma e angústia, o futuro de uma ilusão e outros textos. São Paulo: Companhia das Letras, 2014, p. 124 – 230.

______. Autobiografia (1925). In:______. Obras completas volume 16: O Eu e o Id, “Autobiografia”, e outros textos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 75 – 167.

______. Obras incompletas de Sigmund Freud: As pulsões e seus destinos (1915). Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.

______. Luto e melancolia (1917). In:______. Obras incompletas de Sigmund Freud: Neurose, psicose e perversão. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016, p. 99 – 121.

______. O Eu e o Id (1923). In:______. Obras completas volume 16: O Eu e o Id, “Autobiografia”, e outros textos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 13 – 74.

______. O Moisés, de Michelangelo (1914). In:______. Obras incompletas de Sigmund Freud: Arte, literatura e os artistas. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015, p. 53 – 66.

______. O Compêndio de psicanálise (1940 [1938]). In:______. Obras completas volume 19: Moisés e o monoteísmo, compêndio de psicanálise e outros textos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 189 – 273.

______. Personagens psicopáticos no palco (1942 [1905-06]). In:______. Obras incompletas de Sigmund Freud: Arte, literatura e os artistas. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015, p. 45 – 52.

HELIODORA, Barbara. Introdução geral. In: SHAKESPEARE, William. Teatro completo, volume 1: tragédias e comédias sombrias. São Paulo: Editora Nova Aguilar, 2016, p. 11 – 13.

______. Introdução à primeira edição de Hamlet. In: SHAKESPEARE, William. Teatro completo, volume 1: tragédias e comédias sombrias. São Paulo: Editora Nova Aguilar, 2016, p. 350 – 356.

______. Introdução à segunda edição de Hamlet. In: SHAKESPEARE, William. Teatro completo, volume 1: tragédias e comédias sombrias. São Paulo: Editora Nova Aguilar, 2016, p. 357 – 359.

GERMANO, Idilva. Interioridade, intimidade; o discurso psicológico na literatura dos séculos XIX e XX. In: JACÓ-VILELA, Ana Maria; FERREIRA, Arthur Arruda Leal; PORTUGAL, Francisco Teixeira. (org.). História da psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2006, p. 425 – 440.

GOETHE, Johann. Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister. São Paulo: Editora 34, 2015.

IANNINI, Gilson; TAVARES, Pedro Heliodoro. Apresentação. In: FREUD, Sigmund. Obras incompletas de Sigmund Freud: As pulsões e seus destinos (1915). Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013, p. 7 – 11.

______.; ______. Freud e o infamiliar. In: FREUD, Sigmund. Obras incompletas de Sigmund Freud: O infamiliar (1919). Belo Horizonte: Autêntica, 2019, p. 7 – 25.

IANNINI, Gilson. Atitude científica e pensamento estético em Freud. In: Viso: Cadernos de estética aplicada, v. 10, n. 19, p. 111 – 121, jul-dez 2016.

LACAN, Jacques. O seminário, livro 6; o desejo e sua interpretação (1958-1959). Rio de Janeiro: Zahar, 2016.

______. O seminário, livro 8: a transferência (1960-1961). Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

LOUREIRO, Ines. Luzes e sombras. Freud e o advento da psicanálise. JACÓ-VILELA, Ana Maria; FERREIRA, Arthur Arruda Leal; PORTUGAL, Francisco Teixeira. (org.). História da psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2006, p. 425 – 440.

PERES, Urania Tourinho. Depressão e melancolia. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

PEREIRA, Lawrence Flores. Introdução. In: SHAKESPEARE, William. A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2015, p. 7 – 32.

______. Notas. In: SHAKESPEARE, William. A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2015, p. 195 – 311.

RANCIÈRE, Jacques. O inconsciente estético. São Paulo: Editora 34, 2009.

ROUDINESCO, Elisabeth. Uma velha história: entrevista a Sylvain Courage (2010). In:______. Freud – mas por que tanto ódio? Rio de Janeiro: Zahar, 2011, p. 41 – 50.

SAFATLE, Vladimir. A paixão do negativo: Lacan e a dialética. São Paulo: Editora UNESP, 2006.

______. O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018.

SHAKESPEARE, William. A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2015.

Publicado

2023-12-14

Cómo citar

Correia, E. V. D. B., & Andrade, C. S. de. (2023). Hamlet e a reflexividade da melancolia / Hamlet and the reflexivity of melancholy. Nau Literária, 19(01), e–113731. https://doi.org/10.22456/1981-4526.113731