TRABALHO INFANTIL E TEORIA DO “U” INVERTIDO: EVIDÊNCIAS PARA O BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.22456/2176-5456.71324Palavras-chave:
Trabalho infantil, Hipótese do “U” invertido, Endogeneidade, Regressão quantílica censuradaResumo
Este artigo investiga o efeito da riqueza familiar sobre o trabalho infantil no Brasil rural. No tocante à metodologia, para captar heterogeneidades na distribuição de horas trabalhadas das crianças e lidar com os problemas de censura e endogeneidade, utiliza-se o estimador censored quantile instrumental cariable (CQIV). Os resultados mostram uma relação negativa entre riqueza, medida pelo tamanho da propriedade de terra, e trabalho infantil no quantil inferior de horas de trabalho, enquanto nos quantis médio e superior, uma relação não linear, corroborando a hipótese do “U” invertido. Destaca-se que o turning point é maior no quantil superior, no qual as famílias têm menor nível de altruísmo. De forma geral, os principais achados deste estudo apontam as preferências dos pais como principal determinante do trabalho infantil.