Detecção de Salmonella sp. e caracterização de isolados de Salmonella Enteritidis pela presença de genes de virulência, resistência a antimicrobianos e rep-PCR Fingerprinting
DOI:
https://doi.org/10.22456/1679-9216.16841Keywords:
Salmonella, PCR, Detecção, Rep-PCR, Fagotipagem, Resistência antimicrobiana, Genes de virulênciaAbstract
A salmonelose é uma das zoonoses mais importantes em todo o mundo, e desde a década de 80, ocorreu um notável aumento no relato de isolamentos de
Salmonella Enteritidis. Desta forma, torna-se cada vez mais relevante e necessária a implementação de técnicas que visem à sua detecção e identificação mais acuradas. Numa primeira etapa, este trabalho teve como objetivo avaliar a combinação da PCR com caldos de enriquecimento seletivo (PCR-RV) e não seletivo (PCR-NS) para a detecção e identificação de Salmonella sp. em amostras de origem avícola. A PCR-RV detectou significativamente mais amostras positivas para Salmonella do que a PCR-NS. A técnica microbiológica convencional também foi comparada às outras duas, mostrando ser mais sensível do que a PCR-NS, porém menos sensível do que a PCRRV. Em relação à identificação dos sorovares Typhimurium, Enteritidis, Gallinarum e Pullorum, a PCR-RV apresentou resultados similares à técnica convencional e ambas foram mais sensíveis do que PCR-NS. Na segunda etapa, foram caracterizadas 111 culturas de S. Enteritidis isoladas de humanos, alimentos, carcaças de frango, aves e suínos através de rep-PCR, presença de genes de virulência, resistência a antimicrobianos e da combinação destes com a fagotipagem. No teste de resistência a antimicrobianos, foi observada uma alta prevalência de resistência aos antimicrobianos testados. Os isolados de produtos de origem avícola apresentaram resistência significativamente maior à gentamicina, estreptomicina e ao ácido nalidíxico do que os demais isolados. Os maiores níveis de resistência foram encontrados para sulfonamida e nitrofurantoína. Foram detectados 27 diferentes perfis de resistência antimicrobiana nos isolados analisados. Quanto à detecção de genes de virulência por PCR, o invA foi detectado em todos os isolados, enquanto os genes spvR e spvC foram detectados em 91,2% e 90,2% dos isolados, respectivamente. Na rep-PCR, em cada uma das três diferentes técnicas (REP, ERIC e BOX-PCR) foram gerados três perfis. Os isolados não foram discriminados adequadamente, uma vez que a maioria deles foi agrupada em um mesmo perfil. Esta técnica apresentou poder discriminatório menor do que a fagotipagem. Uma alternativa para proporcionar a discriminação destes isolados foi a associação com outros métodos de tipificação. Quando foram associados os resultados da rep-PCR, fagotipagem, presença de genes de virulência e resistência a drogas antimicrobianas, foram observados 48 diferentes tipos entre os 111 isolados. Concluiu-se que a rep-PCR, como um único método, não foi adequada para a tipificação destes isolados de S. Enteritidis.
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