Pietà: trânsitos imagético-labirínticos de Michelangelo a Kim Ki Duk.
Resumen
O objetivo do presente artigo é investigar os trânsitos imagético-labirínticos delineados no movimento de releitura de um texto imagético, a escultura Pietà (1499), do artista renascentista Michelangelo, para os textos fílmico/imagéticos Pietà (2012), do cineasta sul-coreano Kim Ki Duk. O método utilizado para o estudo foi comparatista, uma vez que os meus objetos analisados são dois textos de materialidades distintas, um texto imagético e um fílmico. Tais textos são pertencentes a linguagens peculiares e demandam um olhar diferenciado e desviante. Kim Ki Duk constrói duas releituras da Pietà de Michelangelo, dois textos que dialogam com a obra de arte renascentista, o primeiro é o texto fílmico Pietà, já o segundo é um texto simultaneamente imagético e verbal — as capas do filme Pietà compostas porfotografia e texto (os quais podem ser vistos no making off do DVD de Pietà). Sendo assim, algumas questões instigam e norteiam o estudo de adaptação proposto: como se constrói o diálogo entre a imagem e o filme, ou seja, como é a relação entre a Pietà de Michelangelo e a(s) Pietà(s) de Kim Ki Duk? Quais são os elementos que deslizam entre a adaptação do texto- imagem para outras materialidades? Como se configuram e se enquadram as releituras de Pietà no distanciamento temporal e cultural, tal como é apresentada no filme Pietà, narrativaem que os protagonistas vivenciamos abismos existenciais da contemporaneidade? Como se dá a relação de transculturação de Pietà quando esta é situada em contexto cultural no sudeste asiático contemporâneo? Para tal estudo, utilizo como aporte teórico Linda Hutcheon (A Theory of Adaptation) (2006).
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