Transcriações na contemporaneidade e a poética da falsidade
Resumo
Este artigo, partindo do conceito de transcriação, proposto por Haroldo de Campos no livro Metalinguagem: ensaios de teoria e crítica literária (1976), pretende analisar a minissérie Capitu (2008) – adaptação do romance Dom Casmurro (1899), de Machado de Assis – e o filme Anna Karenina (2012) – adaptação do romance de mesmo título escrito por Liev Tolstói, publicado no século XIX, entre 1873 e 1877. Diante das duas obras, nós, espectadores, percebemos certa convergente poética: a estética da falsidade. Em ambas as transcriações, o espaço da ação é o teatro e assistimos à vida das personagens, como num jogo social. Além disso, o palco é composto – montado e desmontado – por meio da intervenção das personagens, explicitando, dessa forma, a composição narrativa e artística. Diante dessa estética, percebemos uma nova possibilidade de representação, cujo resultado apropria-se da teatralização e apresenta uma tendência à estética da falsidade – elementos a serem estudos neste trabalho.
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