O TRATAMENTO DA POLISSEMIA EM TRADUÇÕES DE ROMEU E JULIETA DE WILLIAM SHAKESPEARE
Palavras-chave:
tradução literária, inequivalência, polissemiaResumo
Este trabalho se propõe a apresentar um estudo comparativo de traduções da obra Romeu e Julieta, de William Shakespeare, no que diz respeito à polissemia, entendida como uma condensação de significados em um só significante e fonte potencial de inequivalência na tradução. A análise se sustenta nos pressupostos teóricos da tradução compreendida como um processo interpretativo e comunicativo através do qual um texto fonte não é apenas traduzido a uma nova língua, a língua alvo, como também inserido em um novo contexto social, tendo em vista sua finalidade específica. O objetivo é estudar a tradução da polissemia nesta obra, através da comparação e da análise das soluções encontradas em três de suas traduções para o português: a de Beatriz Viégas-Farias, publicada em 1998, a de Bárbara Heliodora, publicada em 2004 e a de Elvio Funck, publicada em 2011. A metodologia consiste, primeiramente, no levantamento e na análise em inglês de algumas passagens com jogos de palavras que evidenciem a polissemia; em segundo lugar, na comparação das diferentes soluções oferecidas pelos tradutores a essa questão. A partir dessa comparação e da análise das ocorrências polissêmicas, espero evidenciar que a polissemia é uma característica constante na obra de Shakespeare, exemplificada pelas expressões de duplo sentido muitas vezes, com conotação sexual. A análise do tratamento dado à polissemia pelos tradutores permitirá, também, conhecer seus efeitos na produção de textos da língua alvo e refletir sobre a melhor maneira de reproduzi-los, de modo a propor estratégias de tradução para enfrentar esse tipo de problema de tradução.
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