O CONDE DE MONTE CRISTO, DE KEVIN REYNOLDS (2002): ADAPTANDO UM ROMANCE CLÁSSICO EM DUAS HORAS
Resumo
O presente artigo visa contribuir para os Estudos da Adaptação e para os Estudos sobre a Intermidialidade, áreas acadêmicas que enfocam questões de grande relevância para a discussão sobre os fenômenos que ocorrem na passagem entre diferentes mídias. Sua delimitação consiste no exame da adaptação cinematográfica, ou transposição midiática, de um romance e na contestação da “crítica da fidelidade”, amplamente discutida e rejeitada entre teóricos dessas áreas. Os corpora de trabalho selecionados são o romance Le Comte de Monte-Cristo, publicado por Alexandre Dumas em 1844, em sua tradução para o português brasileiro por André Telles e Rodrigo Lacerda, O Conde de Monte Cristo (2016), e sua adaptação cinematográfica homônima de 2002, na direção de Kevin Reynolds. Ao analisar o filme e compará-lo com seu texto fonte, foi possível: evidenciar as falhas da “crítica da fidelidade”, que tende a desvalorizar a complexa gradação e os méritos próprios de adaptações como obras em si; demonstrar as propriedades e diferenças entre as duas mídias, mais especificamente a literatura e o cinema; e propor uma discussão a respeito da capacidade de disseminação cultural proporcionada pelas adaptações e transposições midiáticas.
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