Expansão Urbana E Os Conflitos De Uso Do Solo Em Ambientes Fragilizados Do Litoral Norte Do Rio Grande Do Sul
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-0003.22097Resumo
O texto aborda uma questão histórica referente ao processo de ocupação do território brasileiro que, de maneira geral, ocorreu primeiramente nas áreas litorâneas e, posteriormente, avançou em direção ao interior. Inicialmente, havia justificativa em função do processo de ocupação feito pelos colonizadores portugueses, espanhóis, holandeses, entre outros, que viam no litoral a facilidade de comunicação e transporte. Com o passar dos anos, a ocupação das áreas litorâneas se consolidam com a construção de importantes cidades, primeiramente na região nordeste e, posteriormente, nas regiões do sul do país. Neste contexto, no Rio Grande do sul, também houve uma intensa ocupação das áreas litorâneas, com destaque para sua porção norte. Porção essa, que vem sofrendo com a intensa ocupação antrópica causada principalmente pela expansão urbana com diferentes padrões de construção. Nos municípios que abrangem este setor do Estado, os tipos de residências variam, desde as modestas casas de pescadores em Palmares do Sul – Balneário Quintão, até a presença de grandes condomínios de luxo em Xangri-lá, além das edificações verticalizadas em Torres, ambas sobre áreas de depósitos eólicos, lagunares e marinhos, fragilizados naturalmente. Essa situação representa uma significativa existência de conflitos de uso na região, com a necessidade imediata de gestão e mediação das relações ambientais e antrópicas.