Ir embora ou ficar: Um estudo sobre parentesco, patrimônio e gênero a partir de experiência etnográfica em famílias de camadas médias em Porto Alegre, RS
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.9307Resumo
Este ensaio busca discutir a categoria família a partir da experiência etnográfica com duas mulheres integrantes e descendentes de famílias de classes médias e altas de Porto Alegre - pertencentes a segmentos sociais intelectualizados e cosmopolitas - e dos arranjos de suas estruturas de parentesco acionadas no processo de desocupação de suas casas oriundas de “herança de família”.
Viso discutir, na perspectiva de uma antropologia urbana (VELHO, 1987) e do processo de realização da etnografia, as relações de gênero, parentesco e família em camadas médias urbanas. Preocupada em compreender a dinâmica dos papéis sociais, sexuais e de gênero da mulher nestes segmentos sociais, e no interior de suas estruturas de parentesco, a intenção é pensar a transformação do lugar social dessas mulheres na família, no momento da sua troca de casa, dado em função da sua troca de estado: de casadas a viúvas ou de casadas a “deixadas pelo marido”. Integrando essa dinâmica, trago reflexões de gênero ligadas a condição da etnógrafa, mulher, como provocadora da interação que resulta nos relatos e entrevistas dispostos no corpo desse ensaio.
Tendo em vista as discussões de maternidade, gênero, família e novas tecnologias de reprodução provocadas pelos seminários do tópico do curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRGS, intitulado Novas e velhas tecnologias de reprodução, ministrado pela Profa, Dra. Claudia Fonseca, busco contribuir para o campo temático dos estudos da antropologia da família, num diálogo com os estudos e textos lidos nessa ocasião - de diferentes momentos dos estudos de parentesco e de uma antropologia feminista de parentesco.
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