Entre cidades, famílias e redes de pertencimentos: Pesquisa antropológica e etnográfica sobre as trajetórias, itinerários, estilos e projetos de vida de estudantes universitários residentes em Porto Alegre oriundos de cidades interioranas
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.9244Resumo
Este trabalho evidencia o desenvolvimento de pesquisa etnográfica no campo de conhecimento da antropologia urbana e/ou na cidade moderno contemporânea brasileira, para dar conta do processo vivenciado pelos estudantes universitários oriundos das cidades interioranas, que compreende a formulação de um projeto familiar (VELHO, 2003) de mudança da cidade onde morava com os pais para passar a morar na capital a fim de desenvolver estudos universitários, e dessa forma analisar as transformações no estilo de vida que passam a ocorrer na vida do estudante a partir do momento em que ele passa a residir longe da rede de sociabilidade do interior que o envolvia. Para tanto, a metodologia qualitativa, através do uso da etnografia foi utilizada para compreender o objetivo que está sendo proposto.
Esta pesquisa teve início em março de 2004, quando estava no quinto semestre do curso de Ciências Sociais como atividade individual de pesquisa como bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPq no Projeto de Antropologia Visual, desenvolvido pelo Núcleo de Antropologia Visual e coordenado pela Profa. Dra. Cornelia Eckert.
O trabalho antropológico pressupõe o distanciamento ou familiarização do antropólogo com o objeto de pesquisa escolhido para compreender as visões de mundo e estilos de vida do grupo que está sendo estudado, hoje, onde cada vez mais se faz pesquisa na sociedade em que nos encontramos inseridos, ou seja, familiarizados necessita-se tornar estranho o que nos é tão presente no dia-a-dia. A preocupação nessas pesquisas é dar conta desse distanciamento do objeto escolhido, necessário para a realização do trabalho entre grupo de pertencimento, estranhando para perceber o seu ethos. Como aponta Da Matta (1978:28): “... o problema é, então o de tirar a capa de membro de uma classe e de um grupo social específico para poder – como etnólogo – estranhar alguma regra social familiar e assim descobrir o exótico no que está petrificado dentro de nós pela reificação e pelos mecanismos de legitimação”.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY-NC.
O envio dos trabalhos implica a cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação para a revista, a qual é filiada ao sistema Creative Commons, atribuição CC BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/). O autor é integralmente responsável pelo conteúdo do artigo e continua a deter todos os direitos autorais para publicações posteriores do mesmo, devendo, se possível, fazer constar a referência à primeira publicação na revista. Esta não se compromete a devolver as contribuições recebidas.
O(s) autor(es) que submete (m) artigos para publicação na revista Iluminuras são legalmente responsáveis pela garantia de que o trabalho não constitui infração de direitos autorais, isentando a Revista Iluminuras quanto a qualquer falha quanto a essa garantia.