Imagem e memória: desvendado uma cidade a partir de seus fragmentos
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.9201Resumo
Achylles Porto Alegre, antigo cronista que destinou grande parte de sua produção à descrição do cotidiano da cidade de Porto Alegre, nos revela, nesta única e direta frase, uma realidade que hoje consiste num aspecto central da vida na metrópole: a sua constante reconstrução e reconfiguração, tanto em relação à sua porção material quanto no que diz respeito aos significados a ela atrelados por aqueles que vivem a cidade, seus habitantes.
A matéria publicada na Revista do Globo, em 1967, mostra também que o segredo da eterna juventude das cidades é o progresso; e como se da o progresso da cidade senão a partir da reconstrução permanente do espaço urbano?
A sociedade ocidental contemporânea apresenta como uma de suas características essenciais a vida urbana, e ressaltamos em particular o enorme crescimento da população que habita os grandes centros; hoje em dia vivemos também um alargamento gigantesco na produção e no consumo, bem como uma explosão tecnológica nos meios de transporte e de comunicação. Hoje vivemos numa sociedade fragmentada, difusa e heterogênea quanto ao seu aspecto cultural, uma vez que no contexto urbano convive uma enorme pluralidade de tipos sociais, de padrões de comportamento e estilos de vida: as cidades, especialmente as metrópoles, são centros que congregam uma enorme diversidade cultural.
Somente estas características gerais - aqui traçadas no sentido de ressaltar algumas das transformações sociais que vivemos nos últimos tempos - agem de maneira determinante modificando significativamente as formas de organização social, cultural, espacial e estética das cidades. Agem, em suma, promovendo mudanças profundas na própria essência da cidade e da vida urbana, nas lógicas de percepção e ocupação do seu espaço.
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