Imagens de violência e jogos perigosos, vulgarização da barbárie e projeções da cenas sociais
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.9136Resumo
Nos sistemas informacionais dominantes, as discursividades a partir de percepções generalizadas sobre a violência no mundo urbano contemporâneo dramatizam de forma negativa um processo de personalização configurada por uma lógica hiperindividualista numa sociedade onde triunfa a comunicação altamente mediatizada. Neste cenário planetário, refletir sobre a violência é problematizar a complexa tarefa de tecer as identidades sociais e sociabilidades locais/globais na trágica relação dos valores e concepções éticas de tempos acelerados, espaços virtualizados, reciprocidades desencantadas, comunicações banalizadas e humanização desubstancializada.
Nestas enunciações são engendradas imagens de uma violência contemporânea numa visibilidade total, produzidas por uma banalização do crime e da ameaça extremada, configurando esta des-ordem como deslegítima e causadora das crises e riscos consubstanciais à modernidade e à supremacia ideológica do individualismo.
Pensar o indivíduo moderno implica em situá-lo, pois, no processo de desocialização que o libera das ligações coletivas e rituais (reciprocidade) para construir-se enquanto sujeitos autônomos num face-à-face (inter-subjetividade) independente dos modelos sociais preestabelecidos. Trata-se do mesmo sistema de idéias que conformam a representação democrática, pois, individualista, que produz suas próprias ambigüidades e perversidades. Em nome de um corpo social, discursividades são produzidas sobre as “falhas” de civilidade dos comportamentos que hiper valorizam a atomização social e sobre a emergência do desafeto aos códigos ideais do contrato social, à legalidade e à liberdade.
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