Cosmopolíticas Guaranis: Pistas sobre as relações entre Imagem e Alteridade
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.80384Palavras-chave:
Modos de existência. Guarani. Imagem. Cosmopolítica. AlteridadeResumo
O artigo visa reconhecer a cosmopolítica guarani e a centralidade das relações de alteridade da vida das aldeias, conformada pelo espaço do xamanismo. A partir de uma experiência etnográfica mediada pela realização de oficinas de vídeo em aldeias localizadas no Mato Grosso do Sul e no Rio de Janeiro, analiso os olhares fixados nas narrativas fílmicas de autoria dos jovens guaranis. Penso as presenças dos outros nos territórios e a abrangência da noção de alteridade para compreender as formas de sua cosmopolítica.
Downloads
Referências
BENITES, Tonico. A escola na ótica do Avá Kaiowá: Impactos e interpretações indígenas. Tese de Mestrado em Antropologia. Museu Nacional UFRJ, 2009.
BEZERRA, Marcos Otávio. Panambi: um caso de criação de uma terra indígena Kaiowá. Niterói, EdUFF. 1994.
BRASIL, André. Ver por meio do invisível. Cinema como tradução xamânica. Novos Estudos Vol. 35 (3). São Paulo, CEBRAP, 2016.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela e DESCOLA, Philippe. 'Deve o conhecimento ser livre?' Sexta Feira, Antropologia, Artes, Humanidades, n. 3.
CLASTRES, Pierre. La société contre l’État. Recherches d’anthropologie politique. Paris, Minuit, 1974a.
________ Le grand parler. Mythes et chants sacrés des Indiens Guarani. Paris :Seuil, 1974b.
________ Recherches d’anthropologie politique. Paris, Seuil, 1980.
COSTA, Ana Carolina Estrela. Cosmopolíticas, olhar e escuta: Experiências cine-xamânicas entre os Maxacali. Dissertaçnao de Mestrado em Antropologia. UFMG, 2015.
FERRAZ, A.L.M.C. Imagem, Visão e Cosmovisão entre os Guarani. Vivência. Revista de Antropologia, n.50, 2017 :11-23.
FERREIRA, Pedro Peixoto. “Mito e tecnologia: desencontros e reencontros entre índios e brancos”. RAU, Revista de Antropologia Social. PPGAS-UFSCAR, vol. 1 n.1, 2009: 46-70.
GALLOIS, Dominique Tilkin. Redes de relações nas Guianas. NHII/FAPESP/Associação Editorial Humanitas, 2005.
________. “Diálogo entre povos indígenas: a experiência de dois encontros mediados pelo vídeo”. Revista de Antropologia 38 (1). São Paulo, USP, 1995.
GLOWCZEWSKY, Barbara. Devires Totêmicos. São Paulo, Edições n-1, 2015 :135-160.
GOLDMAN, Marcio. “Os tambores dos mortos e os tambores dos vivos. Etnografia, antropologia e política em Ilhéus, Bahia”. Revista de Antropologia, 46(2). São Paulo, USP, 2003.
INGOLD, Tim (org.). 'The concept of society is theoretically obsolete'. In: T. Ingold (org.), Key debates in anthropology. London & New York, Routledge, 1996: 55-98.
KRACKE, Waud H. Dream as deceit, dream as truth: The grammar of telling dreams. Anthropological Linguistics Vol. 51.1. 2009 :64-77.
LADEIRA, Maria Inês e Valle, Lilia. Relatório do Centro de Trabalho Indigenista. São Paulo, CTI, 1980.
____________ e Matta, Priscila. Terras Guaranis do litoral. Centro de Trabalho Indigenista, 2004.
___________ e Santili, Paulo. Os Guarani nos registros historiográficos na Espanha. Centro de Trabalho Indigenista. São Paulo, Centro de Trabalho Indigenista.
__________ O caminhar sob a luz. Território Mbya à beira do oceano. São Paulo, Fapesp/EdUnesp, 2007.
MACEDO, Valeria. “Dos cantos para o mundo. Invisibilidade, figurações da “cultura” e o se fazer ouvir nos corais guarani”. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, Vol. 55.1, 2012.
___________. “Jepotá e aguyje entre os Guarani. O desejo da carne e da palavra”. 35o. Encontro Anual da ANPOCS, GT23, 2011.
NIMUENDAJÚ, C. As lendas da criação e destruição do mundo como fundamento da religião Apapocúva-Guarani. São Paulo, Edusp, 1987.
PIRES, Valentim. Mitos que Identificam o Povo Guarani e seu Reflexo nas Famílias da Aldeia Pirajuí. Licenciatura Indígena Teko Arandu. UFGD/FAED, 2013.
PISSOLATO, Elisabeth. A duração da pessoa. Mobilidade, parentesco e xamanismo entre os Mbya (Guarani). São Paulo, Rio de Janeiro, ISA/Unesp/Nuti, 2007.
RAMO Y AFFONSO, Ana. De pessoas e palavras entre os guarani-mbya. Tese de Doutorado em Antropologia. Universidade Federal Fluminense, 2014.
REFATTI, Denize. Os sonhos e os caminhos do nhe’e: uma etnografia da experiência onírica como fonte de conhecimento entre os ava-guarani de Ocoy. Dissertação de Mestrado em Antropologia. UFSC, 2015.
RODRIGUES, Giulia de Vitto Nunes. Oficinas de Vídeo entre os Guarani: Contribuições de uma antropologia compartilhada e visual. Monografia de Licenciatura em Ciências Sociais. Universidade Federal Fluminense, 2016.
SANTOS, Laymert Garcia. Amazônia transcultural. Xamanismo e tecnociência na ópera. São Paulo, N-1 Edições, 2013.
STENGERS, Isabelle. Cosmopolitiques 7. Paris, La Decouverte, 1997.
______________ “The cosmopolitical proposition”. Mimeo. 2004.
______________ Au temps des catástrofes. Resister à la barbárie qui vient. La Découverte, 2008.
SZTUTMAN, Renato. Religião nômade ou germe do estado? Pierre e Hélène Clastres e a vertigem Tupi. Novos Estudos 83. São Paulo, :129-157. 2009.
TURNER, Terence. “Imagens desafiantes: a aproriação Kayapó do vídeo”. Revista de Antropologia 36. São Paulo, 1993, p. 81-121.
VIETTA, Katya. Histórias sobre terras e xamãs kaiowa: Territorialidade e organização social na perspectiva dos Kaiowa de Panambizinho (Dourados, MS) após 170 anos de exploração e povoamento não indígena da faixa de fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Tese de Doutorado em Antropologia. USP, 2007.
VILLELA, Alice. O negativo e o positivo: a fotogra a entre os Assurini do Xingu. 2016. Tese de Doutorado em Antropologia. Universidade de São Paulo, 2016.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo B. Araweté. Os deuses canibais. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editora, 1986.
______________ “Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio”. Mana 2. UFRJ, 1996.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY-NC.
O envio dos trabalhos implica a cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação para a revista, a qual é filiada ao sistema Creative Commons, atribuição CC BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/). O autor é integralmente responsável pelo conteúdo do artigo e continua a deter todos os direitos autorais para publicações posteriores do mesmo, devendo, se possível, fazer constar a referência à primeira publicação na revista. Esta não se compromete a devolver as contribuições recebidas.
O(s) autor(es) que submete (m) artigos para publicação na revista Iluminuras são legalmente responsáveis pela garantia de que o trabalho não constitui infração de direitos autorais, isentando a Revista Iluminuras quanto a qualquer falha quanto a essa garantia.