Civilidade e empatia em disputa: o problema do controle de animais no espaço público
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.69989Resumo
Este artigo analisa as disputas morais que permeiam a ocupação do espaço público por cães e gatos, evidenciando os valores conflitantes presentes nos processos de ordenação dessa convivência. Seu foco é a compreensão das ambiguidades geradas pela combinação entre a sensibilidade de empatia interespécie e uma sensibilidade civilizada, entendidas a partir da experiência de proibição da política de captura e morte de animais errantes em Recife (PE). As emoções persistentes de medo e nojo no contato com cães e gatos são trazidas como exemplo do caráter limiar da civilidade em relação à violência e do contraste entre as expressões morais antropocêntricas e as moralidades fundadas na sensibilidade de empatia interespécie.
Palavras-chave: Animais de rua. Impulsos civilizadores. Moralidade.
Civility and emapthy in conflict: the problem of controlling animals in public places
This article analyses the moral disputes over the presence of stray animals in public spaces, highlighting the conflicting values emerging in attempts to control the population of stray cats and dogs. It focuses on understanding the ambiguities developed through the combination of an interspecies empathy and a civilized sensibility based on the specific case of a local policy against overpopulation in Recife (state of Pernambuco, Brazil). The recurring emotions of fear and disgust are used as examples of the threshold between (1) civility and violence and (2) the anthropocentric morality versus interspecies empathy sensibility.
Keywords: Stray animals. Civilizing impulses. Morality.
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