Territorialidades Caipiras: o ser e a identidade do lugar

Autores

  • Jane Victal Pontifícia Universidade Católica de Campinas
  • Vitor Sartori Cordova Pontifícia Universidade Católica de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.22456/1984-1191.64560

Resumo

No interior paulista foram encontrados vestígios de uma cultura designada por antropólogos brasileiros como “caipira”. Embora descaracterizada por outros componentes culturais, é possível decifrar suas origens nas expressões linguística, artística e religiosa. Seu território, denominado “Paulistânia”, abarcou a região atribuída à Capitania do Sul, englobando partes dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Paraná e o atual estado de São Paulo. O conhecimento das condições de mobilidade e permanência, associado ao longo processo de delimitação das fronteiras e implantação de cidades, moldou este ser humano que vivia em pequenas unidades de subsistência. Desta forma, o artigo reflete sobre como o modo de ser do caipira entende, define e constrói o sentimento de pertencimento ao lugar, mais especificamente, ao bairro rural, tendo como intuito averiguar que a sua noção de lugar não está apenas associada ao espaço físico, mas a uma ampla rede comunitária manifesta em suas narrativas, como no canto do cururu, ampliando a discussão sobre o lugar fenomenológico.

Palavras-chave: Bairros rurais. Construção simbólica do espaço. Cultura tradicional. Territorialidade.

Caipira’s territorialities: being and identity of place

Abstract

In small towns and rural areas of São Paulo state are found traces of the “caipira”, a pesant culture so designated by anthropologists. Although somewhat decharacterized, its origin can be studied from linguistic, artistic and religious practices where the cultural repertory of this local man reaches its roots in the colonial period. Its territory, called "Paulistânia" covers the South Captaincy, with parts of the states of Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Paraná and the current São Paulo state. Territorial notions of mobility and permanence associated to border delimitation and city settlements modulated this human being that dwelt in small subsistence farming units.  This article discusses caipira’s way of life manifested in the cultural landscape by cooperative practices, religious festivals and artistic expressions as place features molding belongingness to district and community. In this sense it reflects the notion of place in a wide network of sociability and common life contained in narratives, bringing discussion to the phenomenology of space perception.

Keywords: Rural districts. Symbolic space construction. Traditional culture. Territoriality.

 

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Publicado

2016-05-08

Como Citar

VICTAL, J.; CORDOVA, V. S. Territorialidades Caipiras: o ser e a identidade do lugar. ILUMINURAS, Porto Alegre, v. 17, n. 41, 2016. DOI: 10.22456/1984-1191.64560. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/iluminuras/article/view/64560. Acesso em: 29 mar. 2024.