Fechando a boca do fuxico etnográfico
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.147293Palavras-chave:
Fuxico; Ethnographic; Mituaçu; Embroidered anthropology.Resumo
Este artigo busca aprofundar a ideia de fuxico etnográfico, pensada a partir da pesquisa realizada no âmbito do projeto de extensão Histórias de Quilombo (Unila/UFPB) durante os anos de 2022 e 2023 com as Fuxiqueiras do Bem, grupo de artesãs do quilombo de Mituaçu, Conde, Paraíba. A partir da realização de oficinas de bordado livre, que ocorreram na EMEIEF Ovídio Tavares de Morais de forma quinzenal, os encontros eram repletos de assuntos cotidianos, de histórias da memória coletiva e pessoal. O conceito de fuxico etnográfico é considerado aqui como método que pensa a presença da antropóloga em campo e a apresentação da pesquisa em seus formatos acadêmicos, além da valorização da experiência extensionista durante o processo de formação profissional.
Downloads
Referências
AZEVEDO, Aina; PAIXÃO, Aline; PINHEIRO, Patrícia. Convivendo no quilombo de Mituaçu (PB): de uma coleção etnobotânica a uma coleção etnobotânica a uma coleção de histórias. Iluminuras, Porto Alegre, v. 23, n. 61, pp. 149-174, out., 2022.
CLIFFORD, James. Sobre a autoridade etnográfica. In: Gonçalves, José R. Santos (Org.). Antropologia e Literatura no Século XX. CLIFFORD, James. A experiência etnográfica. 2002.
DEALDINA, Selma dos Santos. Mulheres quilombolas: defendendo o território, combatendo o racismo e despatriarcalizando a política. In: DEALDINA, Selma dos Santos (Org.). Mulheres quilombolas: territórios de existências negras femininas. São Paulo: Sueli Carneiro; Jandaíra, 2021.
FREIRE, Ralyanara Moreira. Cerzindo o tecido social: Ressignificações do bordado arpillera e a vida de atingidas por Belo Monstro. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de
Campinas. Campinas, 2021.
GONZÁLEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 5, p. 7–41, 2009. Disponível em:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773. Acesso em: 23 mar. 2025.
INGOLD, Tim. Antropologia não é etnografia. In: Ingold, T. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Tradução de Fábio Creder. Petrópolis: Vozes, 2015.
MAGNANI, José Guilherme Cantor. Etnografia como prática e experiência. Horizontes antropológicos. Porto Alegre, v. 15, n. 32, dec. 2009.
OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ́. A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
PEIRANO, Mariza. Etnografia não é método. Horizontes Antropológicos. Porto Alegre, v. 20, n. 42, p. 377-391, jul./dez. 2014.
SANTOS, Gabriela Novaes. Fuxico do Bem: alinhavos entre memória, educação e bordado no quilombo de Mituaçu. TCC (Licenciatura em Ciências Sociais) – Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, p. 75. 2023. Disponível em:
https://www.academia.edu/116092527/Fuxico_do_Bem_Alinhavos_entre_mem%C3%B3ria_educa%C3%A7%C3%A3o_e_bordado_no_quilombo_de_Mitua%C3%A7u_Conde_PB_. Acesso em: 12 mar. 2025.
STRATHERN, Marylin. O efeito etnográfico. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
SILVA, Givânia Maria da. O Quilombo de Conceição das Crioulas: uma terra de mulheres: luta e resistência quilombola. 2022. 381 f., il. Tese (Doutorado em Sociologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2025 ILUMINURAS

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY-NC.
O envio dos trabalhos implica a cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação para a revista, a qual é filiada ao sistema Creative Commons, atribuição CC BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/). O autor é integralmente responsável pelo conteúdo do artigo e continua a deter todos os direitos autorais para publicações posteriores do mesmo, devendo, se possível, fazer constar a referência à primeira publicação na revista. Esta não se compromete a devolver as contribuições recebidas.
O(s) autor(es) que submete (m) artigos para publicação na revista Iluminuras são legalmente responsáveis pela garantia de que o trabalho não constitui infração de direitos autorais, isentando a Revista Iluminuras quanto a qualquer falha quanto a essa garantia.