“E Mostrar para quem quiser ver, um lugar pra viver sem chorar”
atuação voluntária durante a calamidade no Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.146321Palavras-chave:
Calamidade pública. Rio Grande do Sul. Voluntariado. Resiliência.Resumo
Neste relato de caso, integrantes do Grupo de Pesquisa em Design e do Projeto de Extensão Qualidade de Vida para Pessoas com Deficiência, apresentam as suas percepções e vivências enquanto voluntários, durante a calamidade provocada pelas enchentes de maio de 2024 no RS. O relato se refere aos 20 dias iniciais da tragédia, quando todas as ações realizadas tinham o caráter de extrema urgência, no intuito de salvar vidas e de dar suporte emocional e proporcionar o mínimo de dignidade humana neste processo de sobrevivência. O objetivo esteve focado em compreender as percepções dos abrigados e dos voluntários que atuaram neste período de calamidade. Os resultados indicaram que uma calamidade de proporções gigantescas como esta, a tristeza, as perdas e a luta pela sobrevivência, com o mínimo de dignidade, foi o que moveu milhares de voluntários. Todas as ações realizadas, desde a separação de roupas em kits para doação, até o suporte emocional enquanto simples ouvidores dos relatos dos desabrigados, foi de extrema relevância para a saúde emocional e mental. A aprendizagem dos voluntários com relação à necessidade de resiliência e de adaptação a uma realidade inusitada foi muito importante, uma vez que não havia planejamento prévio. Dessa forma, dadas as circunstâncias, entende-se que as ações realizadas de forma intuitiva e emergencial foram efetivas.
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