Do berço ao túmulo

um olhar etnográfico sobre o “lixo”

Autores

  • Simone Azambuja Navisual/UFRGS https://orcid.org/0000-0002-0659-4503
  • Alexsânder Nakaóka Elias Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
  • Alexandro Cardoso Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.22456/1984-1191.145922

Palavras-chave:

Imagem, resíduos sólidos, gestão socioambiental, políticas públicas

Resumo

Desde tenra idade sempre fui fascinada por tudo que dizia respeito ao elemento água. Numa caminhada pela orla da cidade de Porto Alegre observando o vai e vem das ondas do rio/lago Guaíba, vejo o que restou de um bebê de plástico se movimentando em suas águas. Há quem diga que o primeiro plástico do mundo ainda existe e que ou ele está poluindo alguma região do planeta ou, no melhor cenário, foi transformado em um brinquedo, um produto ou o que for. A partir desta observação local e de sua produção imagética trazida para a Oficina “(Des)Montagens como Modos de Conhecimento” realizada no Navisual/UFRGS, buscou-se interpretar a complexidade da relação entre a humanidade e a produção de resíduos, com uma abordagem centrada em um caso específico: Porto Alegre (RS, Brasil). Neste contexto procuramos trazer as intrincadas teias que conectam as práticas de produção e destinação final de resíduos sólidos, local e globalmente, trazendo reflexões e desafios que transcendem fronteiras.

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Referências

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Publicado

2025-04-26

Como Citar

AZAMBUJA, S.; NAKAÓKA ELIAS, A.; CARDOSO, A. Do berço ao túmulo: um olhar etnográfico sobre o “lixo”. ILUMINURAS, Porto Alegre, v. 26, n. 70/2, p. 280–307, 2025. DOI: 10.22456/1984-1191.145922. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/iluminuras/article/view/145922. Acesso em: 23 jun. 2025.