Experimentação estética e potencialidades digitais nas aldeias Inỹ/Javaé, Ilha do Bananal, Tocantins
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.145662Palavras-chave:
Oralidade, Estética digital, Povos originários, Javaé, TocantinsResumo
Este relato de campo etnográfico investiga as interseções antropológicas entre narrativas orais indígenas e a experimentação estética mediada pelo digital nas aldeias Inỹ/Javaé, localizadas na Ilha do Bananal, Tocantins. O estudo em andamento busca uma abordagem decolonial que conecta oralidade e imagens digitais da fotografia e do audiovisual como ferramentas de preservação e ressignificação cultural, especialmente em um contexto de crescente impacto das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) sobre as tradições locais. Por meio de métodos colaborativos de produção imagética, envolvendo jovens e anciões da comunidade, busca-se construir narrativas contra-hegemônicas que explorem a potência simbólica das imagens e das histórias orais. Destaca-se ainda como práticas artísticas podem transcender a mera materialidade e atuar como instrumentos de resistência cultural e afirmação identitária,
promovendo diálogos estéticos e políticos entre o passado e o presente, em um esforço contínuo para salvaguardar a memória coletiva e a riqueza simbólica do povo Javaé.
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