AS MUITAS VIDAS DAS IMAGENS

Autores

  • Fabiana Bruno Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

DOI:

https://doi.org/10.22456/1984-1191.132385

Palavras-chave:

Antropologia, Grafia, Arquivo Fotográfico, Fotobiografia, Fotografias Órfãs

Resumo

Este artigo procura refletir sobre desafios de pesquisa com arquivos fotográficos vernaculares nas ciências humanas, em especial na antropologia. Reflete-se, por um lado, sobre as complexidades teórico-metodológicas que essas grafias (Ingold, 2007) inscrevem como narrativas e histórias de vida, quando expressas como “fotobiografias” (Bruno, 2009). Por outro, reposiciona-se essas mesmas problemáticas, quando fotografias de família tornam-se anônimas, “fotografias órfãs” (Bruno, 2016), e adicionam interrogações sobre o grafar outras vidas “anônimas” de fotografias e pessoas. A insurgência do descarte dos álbuns de família faz emergir ambientes quase desconhecidos, nos quais esses arquivos “pós-álbuns”, se encontram abandonados, escondidos ou arruinados no “limbo” de fotografias analógicas. Uma espécie de “zona morta” que se torna um “bioma” de arquivos ou um “contra-arquivo”, a problematizar a noção de lixo-arquivo (Assman, 2011) e a potencializar reflexões acerca de uma “antropologia dos restos” (Debary, 2017) e de “uma antropologia das imagens sem importância” (Samain, 2003).

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Biografia do Autor

Fabiana Bruno, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Pesquisadora e coordenadora adjunta do LA’GRIMA (Laboratório Antropológico de Grafia e Imagem), Departamento de Antropologia – IFCH UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas)

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Publicado

2023-05-11

Como Citar

BRUNO, F. AS MUITAS VIDAS DAS IMAGENS. ILUMINURAS, Porto Alegre, v. 24, n. 64, 2023. DOI: 10.22456/1984-1191.132385. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/iluminuras/article/view/132385. Acesso em: 26 abr. 2025.