A INTIMIDADE DO PARENTESCO
E os pedaços da minha mãe
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.130534Palavras-chave:
Antropologia, Etnografia, Fotografia, Pedaços, ParentescoResumo
O presente ensaio tem a intenção de discutir e pesar como a intimidade construída com minhas parentes-interlocutoras, mais especificamente minha mãe, pode ser potente para a confecção de etnografias. Mais especificamente, a partir do parentesco real e imaginado, de como eu vi minha mãe na infância e de como passei a vê-la depois de adulta. Assim, passo a juntar seus pedaços que são linhas, traços e descontinuidades. Trago pedaços que falam dela, mas não só. Contam, através da reconstrução de memórias-narrativas visuais, a intimidade que desenha nossas relações de parentesco.
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