OS RELÓGIOS DE MUSTAPHA: Fragmentos de uma biografia migrante na cidade e o que a Antropologia e Mustapha tem a dizer sobre o tempo.
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.125283Resumo
O presente artigo tem por objetivo discutir como a categoria tempo foi refletida por algumas perspectivas teóricas na história da Antropologia. Para isso, conduzo a reflexão sobre o tempo, a partir de fragmentos biográficos concernentes à experiência migratória do senegalês Mustapha para o Brasil. Hábil vendedor de rua, Mustapha notabilizava-se por seu vasto conhecimento acerca dos relógios de pulso, que ele comercializava nas ruas de Caxias do Sul, RS, localidade que durante algum tempo, foi reconhecida pelos próprios migrantes senegaleses como uma “capital do Senegal no Brasil”. Analisando, de um ponto de vista etnográfico, as dinâmicas de trabalho “na rua”, demonstro como Mustapha se relacionava com a materialidade dos relógios, para em seguida discutir sobre a importância do surgimento dos relógios mecânicos na modernidade. Ao final do artigo discorro sobre como a Antropologia e Mustapha compreendiam e se relacionavam com o tempo.
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