Vênus são nomes plurais
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.113407Palavras-chave:
Corpo Feminino. Mito de Vênus. Releitura - Artes Visuais. Noção de beleza.Resumo
O presente estudo investiga o fenômeno de releituras da pintura O nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli, por outros artistas, na conjuntura de desconstrução da figura feminina de plasticidade estética perfeita, no contexto circulação de imagens digitais, sobretudo na rede Instagram. A partir de observação do fenômeno de releituras enquanto operação representativa, destaca-se a replicação excepcional da figura mitológica de Vênus/ Afrodite na história da arte, sob a égide dessa obra-prima renascentista. Tendo em vista o corpo humano como matéria prima central, discute-se o conceito do corpo feminino enquanto instrumento discursivo indissociável do corpo artístico, político, midiático e cultural (David Le Breton; Michel Foucault), assim como busca-se indagar como o referencial de beleza feminina se constituí (Naomi Wolf; Betty Friedam). Portanto, o objetivo é analisar como uma imagem renascentista e seu teor mitológico-simbólico-clássico, afeta subjetivações, produz diferentes sentidos, assim como cria estruturas de visibilidades para corpos marginalizados, legitimando práticas discursivas-artísticas em meios digitais.
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